Categoria reivindica reajuste salarial
Cerca de 50 professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) se reuniram na manhã desta terça-feira (4) em uma manifestação por reajuste salarial, na frente da Câmara de Vereadores de Campo Grande. A categoria está servindo café a quem passa pelo local.
Segundo a professora e representante sindical, Zélia Aguiar, de 55 anos, que trabalha há 23 na Reme, o objetivo é chamar a atenção da população sobre o impasse em relação à categoria e a Prefeitura. “Estamos tentando despertar a sociedade para algo que está errado. Precisamos agir. A corrupção acontece quando não fazemos nada”, afirma.
Quanto ao local escolhido para o protesto, a professora explica que a categoria buscou apoio dos vereadores, no entanto, os parlamentares não ‘colaboraram’. “Os vereadores não resolveram foram omissos”, declara.
Os professores entraram em greve no dia 25 de maio. A princípio mais de 60% da categoria havia aderido ao movimento. Em entrevista ao Jornal Midiamax, nessa segunda-feira (3), o chefe da Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais) Paulo Matos garantiu que apenas 465 mantêm o movimento.
Segundo o secretário, os números foram baseados em um mapeamento feito pela Semed (Secretaria Municipal de Educação). Questionada sobre o enfraquecimento da greve, a professora e representante sindical disse que a redução no número de adesão ao movimento se deve ao longo período de negociações.
“Qualquer greve com mais de 60 dias começa a enfraquecer. As pessoas se cansam e tentam esperar, mas não podemos aceitar qualquer coisa, caso contrário perderemos a luta pelo piso salarial”, justifica.
A categoria pede reajuste de 13,01%, no entanto, a Prefeitura alega não ter condições de conceder o aumento em virtude da situação financeira do Município. “Eles não provam por meio de documentos que a Prefeitura está no vermelho. Só falam, mas não provam”, frisa.
Os professores também aguardam um posicionamento do promotor de Justiça Paulo Cezar dos Passos, que está intermediando às negociações com o Município. “O promotor entendeu que o prefeito [Gilmar Olarte] tem de cumprir a lei. Se ele não fizer isso, vai responder criminalmente. Estamos acreditando que haja um pouco de bom senso”, destaca.
Nesta quarta-feira (5), a categoria participará de uma assembleia na sede da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) para decidir sobre novas ações durante a greve.