No Estado a greve começou em 15 de julho
Os professores e técnicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) sinalizaram por uma saída unificada da greve, ou seja, indicaram ao Comando Nacional da Greve do ANDES – Sindicato Nacional, que vão retomar as atividades, caso exista um consenso entre todas a universidades do país pelo fim das paralisações, que já duram mais de 100 dias, mas para isso, ainda não há data definida.
A volta às aulas está condicionada a resposta do MEC (Ministério da Educação) a pauta de reivindicações protocolada no dia 18 de setembro, o que até o momento não ocorreu por parte dos representantes do Governo Federal.
Ainda de acordo com Silva, mesmo com fim o das paralisações, a categoria vai manter a mobilização pelo ajuste fiscal e defesa dos direitos trabalhistas. Os 1.320 professores e três mil administrativos reivindicavam reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional de índice de 5% entre um nível profissional e outro, mas o presidente defende que o reajuste oferecido pelo governo Federal está abaixo da inflação. “O governo federal ofereceu 5,5% para agosto de 2016 e outros 5% para janeiro de 2017. Isso não paga nem a inflação dos últimos anos”, afirma.
O último ponto destacado em assembleia foi a sugestão de uma pauta nacional de mobilização para 2016. “Isso quer dizer que mesmo saindo da greve, nós vamos continuar lutando em prol dos nossos direitos”, conclui.
Atualmente o salário de professores graduados inicialmente para 20 horas aulas é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600. As universidades federais de Mato Grosso do Sul atendem 17 mil alunos no Estado, dentre eles, 8 mil apenas em Campo Grande.