Cerca de 600 manifestantes estão à frente da Prefeitura

Com apitos, faixas, bonecos do prefeito, Gilmar Olarte (PP), professores da Reme (Rede Municipal de Ensino)  montaram acampamento em frente da Prefeitura de Campo Grande, em protesto pelo reajuste de 13,01%, previstos na Lei 5.189/13, assinada pelo chefe do Executivo Municipal, para equiparação do piso local ao nacional. Hoje a paralisação que teve início no último dia 25, completa 23 dias.

Cerca de 600 manifestantes fecharam o cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 25 de Dezembro. A polícia de trânsito está no local para controlar o trânsito na via. Segundo informações, o tráfego será liberado às 10h30 horas da manhã, mas voltará a ser fechado às 14 horas. Durante o protesto, os professores  farão panfletagens no local.

O presidente do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, explica que o intuito é chamar a atenção do poder público e reforçar que a categoria não irá abrir mão do valor total do reajuste.

“A Prefeitura insiste em descumprir uma lei de autoria do próprio prefeito. Não estamos querendo enfrentamento, será uma manifestação pacífica, mas já oferecemos parcelamento de Casas Bahia para conseguir o reajuste de 13,01% em várias parcelas e ainda assim ele [prefeito] não aceitou a proposta”, justifica.

Uma professora, de 56 anos, que não quis se identificar afirma que os manifestantes não vão sair enquanto não houver resposta da Prefeitura. “Ele [prefeito[ já sabia do reajuste, nós fomos flexíveis e mesmo assim não aceitou a proposta”, ressalta.

Na última contraproposta enviada pela categoria, os professores sugeriram pagamento de 8,5% de reajuste neste ano e divisão dos 4,51% restantes até março de 2016.  Nessa terça-feira (16), a manifestação começou a perder força e das 45 escolas, que aderiram à paralisação, apenas 34 continuam em greve.

Na manhã desta quinta-feira (18), os professores se reúnem novamente na Câmara Municipal e à tarde, às 15 horas, participam de assembleia no sindicato.