Trabalhadores estão ‘brigando' na Justiça para conseguir pagamento 

Uma obra da em conjunto com o Consórcio UFN-III formado pelas Sinopec e Galvão Engenharia, empresa que está envolvida em escândalos da Operação Lava-Jato, ainda está parada em , a 338 quilômetros de Campo Grande. O andamento foi paralisado em dezembro de 2014 quando a estatal rompeu o contrato alegando que as empresas não estavam pagando fornecedores e trabalhadores.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com assessoria de imprensa da Petrobras, que em fevereiro deste ano garantiu que iria continuar a obra, mas em retorno se limitou a dizer que “o projeto tem, aproximadamente, 80% de avanço físico concluído, e a Petrobras objetiva sua conclusão por meio de uma reestruturação do negócio que não onere a Companhia”.

O Jornal Midiamax chegou a indagar sobre possíveis prazos para a conclusão e sobre os prejuízos financeiros causados com a paralisação, mas apenas a resposta acima foi enviada. Em relação aos funcionários que ficaram sem receber seus salários, o presidente do Sintiespav–MS (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil Pesada do Bolsão Sul-Mato-Grossense), Nivaldo da Silva Moreira, dos cerca de 3,5 mil trabalhadores, até o momento apenas cerca de 200 ainda não receberam os seus salários referente a dezembro de 2014.

Segundo Moreira, esses trabalhadores estão ‘brigando' na Justiça para conseguir o pagamento dos direitos trabalhista e os demais conseguiram receber através de uma liminar, mas ele garantiu que todos os funcionários precisaram entrar na Justiça para terem os direitos garantidos. Ainda de acordo com o presidente do sindicato, a maioria dos trabalhadores era de outros estados e já foram embora de Mato Grosso do Sul.

Divida

Além dos trabalhadores, o Consórcio deixou de pagar empresários que forneciam materiais para as obras. O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), chegou a chamar diretores para que um pacto fosse firmado para que a divida de R$ 36 milhões seja quitada.

Fabrica

O objetivo da obra é a construção e montagem da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3), mas ainda não há expectativa para a conclusão do empreendimento.  De acordo com a Petrobras, a unidade, que produzirá anualmente 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil toneladas de amônia para atender aos mercados do Centro-Oeste, de São Paulo e do Paraná.