Na CPI contra o CIMI, Bacha se diz convencido de envolvimento da ong em invasões
Ricardo Bacha entregou diversos documentos para membros da CPI
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Ricardo Bacha entregou diversos documentos para membros da CPI
A segunda sessão de oitivas da CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), ocorrida nesta terça-feira (20) foi marcada por depoimentos de acusação sem provas sustentáveis de que a entidade coordena invasões de terras por indígenas. A sessão contou com o depoimento do ex-deputado estadual e ruralista Ricardo Bacha e com sua esposa, Jussimara Barbosa da Fonseca Bacha. Eles são proprietários da fazenda Buriti, em Sidrolândia.
Durante a oitiva, Bacha entregou uma série de documentos e vídeos que considera indícios de que o Cimi articulou as invasões à fazenda Buriti, cuja reintegração de posse, em maio de 2013, culminou no assassinato do indígena Oziel Gabriel, de 35 anos. O ruralista também fez coro ao depoimento da esposa, que alegou que antes da criação do Cimi os ruralistas viviam em plena harmonia com os indígenas da região.
Bacha destacou que, por conta do envolvimento que tem com a fazenda (sob discussão litigiosa na Justiça), teve acesso às informações apresentadas aos membros da CPI. Dentre os documentos está um livro com atas de reuniões de indígenas cujas datas antecedem as invasões, com supostos relatos de nomes de indígenas e de armas que possuem, além de quantitativo de munições. O fazendeiro também relatou que recebeu de um indígena a informação de que a Noruega é um dos países financiadores das invasões no país. “Não tenho como provar, mas em conversas informais um indígena admitiu isso pra mim”, declarou.
Mais um vídeo
Em novo vídeo exibido, Bacha apontou uma declaração do secretário executivo do Cimi, Cleber César Buzatto, no qual o ativista fala que os povos tradicionais não podem existir sem a posse da terra. “Estou convencido de que o Cimi está por trás disso. Se essa CPI se aprofundar, vai encontrar mais situações como essas”, relatou.
Questionado pelo deputado Pedro Kemp (PT) por provas irrefutáveis, Bacha declarou que não as possui. “É claro que a CPI quer levantar um fato, mas o Cimi não vai fornecer um atestado de incompetência. Mas estou convicto de que há fortes indícios dessa articulação. Não tenho nenhum papel assinado, mas o entendimento é natural”, considerou.
De acordo com o deputado Pedro Kemp (PT), a hegemonia de depoentes com perfil ruralista será quebrada quando forem convocadas as lideranças indígenas e representantes do Cimi. Segundo ele, há cerca de 800 indígenas universitários, com conhecimento profundo acerca dos direitos e do ordenamento jurídico que regulamenta os certames de demarcações de terras, que irão contribuir para o redirecionamento da CPI.
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