Mulheres ganham até 40% menos que homens em MS para a mesma função

Projeto quer diminuir desigualdade salarial

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Projeto quer diminuir desigualdade salarial

Apesar de a sociedade ter passado por grandes mudanças, onde, por exemplo, as mulheres tiveram espaços ampliados e conquistaram grandes departamentos do mercado de trabalho, há ainda uma disparidade salarial entre homens e mulheres. A análise é de Eliane Toniasso, coordenadora do Projeto Trabalho Igual. Salário Igual. Ela diz que no Estado a desigualdade na remuneração entre profissionais do sexo feminino e masculino chega a ser de 40%, com a mesma função e carga horária.

Tal diferença, na visão de Eliane, deve-se a muitas questões, incluindo o machismo guardado no inconsciente de muitos homens. “Queremos sensibilizar empresários, mães e todas as pessoas para pôr fim à discriminação irracional. Nosso intuito é dizer que a oportunidade é igual para todas as pessoas”, contou.

Eliane complementa que muitas mulheres estão entre os que agem de forma desigual, onde, por exemplo, deixam ‘tudo’ para o homem resolver. “Costumo dizer que a humanidade é uma ave, onde uma asa simboliza o homem e a outra a mulher. Tem mulheres que não quer nada mude, quer tudo de mãos beijadas, mas os homens também precisam ser ajudados. Não queremos o lugar do homem, queremos equidade”, analisou.

A coordenadora do Projeto Trabalho Igual. Salário Igual, também administradora e produtora rural. Inclusive diz que sua história entra para os casos de sucesso.

Mãe e profissional

Giedre Paula, de 39 anos é uma das mulheres que arregaçaram as mangas e foram à luta. Há 14 anos ela precisou tomar uma decisão entre a vida profissional e familiar. O filho ainda pequeno enfrentava problemas cardíacos e ela teve que deixar o emprego de professora para poder cuidar da criança.

“Foi um conflito que tive que enfrentar. Deixar a profissão, porque não tinha como cuidar do meu filho”, contou.

No entanto, apesar das dificuldades, ela não deixou por menos e lançou uma empresa especializada em cuidar da criança. “Hoje as empresas deveriam dar mais valor às funcionárias que, além de ser profissionais são mães. As vezes as mulheres não tem com quem deixar os filhos”, resumiu.

Hoje, empreendedora reconhecida com importantes prêmios, ela ajuda outras mulheres a vencer obstáculos e passar pelas dificuldades.

Movimento pela igualdade

Para ampliar a discussão em torno do tema, nesta sexta-feira (28), foi realizada uma manifestação cultural no intuito de implantar política de igualdade de direito entre homens e mulheres, principalmente no campo de trabalho. A marcha saiu da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil) até a Assembleia Legislativa. 

 

 

Conteúdos relacionados

Cidade do Natal