Caixa Econômica Federal prevê entregar casas até dezembro

Famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida, que aguardam por uma casa própria no Residencial Celina Jallad V, VI, VII e VIII ainda enxergam o sonho de sair do aluguel cada vez mais distante. Com prazos de entrega adiados, segundo beneficiários, a obra da Caixa Econômica Federal, em parceria com o Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Campo Grande, “segue abandonada e tomada por mato”, situação que provoca revolta em quem espera pela casa.

Uma beneficiária, de 33 anos, que preferiu não se identificar, diz que o ultimo prazo firmado presencialmente pela Caixa para entregar as casas seria o final do mês de outubro, mas em contato com a empresa, ela afirma que “funcionários alegam que desconhecem uma data final para entrega, em razão do residencial não estar finalizado”.

Ainda segundo a beneficiária, as casas estão abandonadas há meses, tomadas por matagal e sujeira. “Isso que indigna a gente. Aparentemente eles estão prontos. Não sei como está por dentro, mas por fora está tudo certo. Ai quando passamos por lá só vemos vandalismo, janelas quebradas e casas tomadas por mato”, alega.

Há quatro anos morando de aluguel ao fundo da casa da sogra, com dois filhos pequenos a beneficiária conta que diariamente é um constrangimento e que a mantém a esperança de ter sua própria casa. “Eu separei do meu marido e mesmo assim eu continuo dependendo da mãe dele. Há um ano e meio estou com esperanças de conseguir minha casa, porque constantemente ela cobra para eu sair. Eu não sei para que eles entram em contato com a gente, só para alimentar a expectativa”, aponta.

Em contato com a Caixa Econômica Federal o Jornal Midiamax foi informado que as obras estão concluídas e que aguarda apenas por documentação de legalização do empreendimento, que seria de responsabilidade da prefeitura. A empresa alegou ainda que a previsão de entrega é para dezembro deste ano e que o empreendimento será entregue atendendo todas as especificações do Programa Minha Casa Minha Vida, limpos e sem vandalismo. 

A Prefeitura, por intermédio da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) disse por telefone que somente a Caixa Econômica Federal é responsável pelas pendências do local, como questões administrativas e construção.

Primeira etapa
No início de agosto deste ano, a Emha entregou o primeiro lote de residências no Celina Jallad, que contemplou 688 famílias, num total de 3 mil pessoas. O conjunto habitacional tem capacidade para 1.498 famílias. As unidades habitacionais foram executadas com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, no total de R$ 87.704.297,32, com contrapartida da Prefeitura Municipal de Campo Grande e governo do Estado.