Dois residenciais do Minha, Casa Minha Vida foram danificados
“Minha casa virou uma cachoeira”, lembra Sandra de Assis Benites, 30 anos, ao contar o momento em que o telhado de seu apartamento voou. Ela mora no bloco Jasmim do Residencial Nelson Trad, região do Jardim Carioca, oeste de Campo Grande, atingido por vendaval na manhã deste sábado (11).
O local foi construído com verbas do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, a exemplo do Residencial Leonel Brizola, também danificado no temporal. No caso do Nelson Trad, o barracão onde ficam guardados materiais e ferramentas de construção foi totalmente destruído – não havia trabalhadores no local naquele momento.
Sandra conta que ainda deu tempo de tirar os eletrodomésticos e eletrônicos da tomada e empilhá-los em um canto do imóvel, evitando prejuízos maiores. Em contato com a construtora, a Brookfield, ela disse ter recebido a informação de que uma solução será encaminhada somente na próxima segunda-feira (13).
Tarde demais, falou a moradora, enquanto despachava o marido para ir atrás de telhas e improvisava uma lona sobre seu teto. “A gente estava observando o temporal quando ouvimos um barulho, olhamos e o telhado estava levantando, as telhas voaram. Minha casa virou uma cachoeira”, detalha a moradora.
A auxiliar de cozinha Rita de Cássia Morais, de 31 anos, estava no serviço quando recebeu uma ligação: “aconteceu uma tragédia”, disse o marido do outro lado da linha. Ela foi para a casa e constatou o estrago, com telhas arrancadas e água por todo o apartamento.
Do mesmo jeito que fizeram moradores do Leonel Brizola, no Nelson Trad sobram críticas à obra. “Esse residencial só dá problema, toda vez que chove tudo molha, vide dando infiltração e ninguém toma providência”, dispara Sueli Nunes de Andrade, de 31 anos: “é que o parafuso não é forte o suficiente para segurar a telha”, emenda Sandra.
O vereador Alex (PT) estava no Residencial Nelson Trad quando a equipe do Jornal Midiamax foi ver o estrago denunciado por moradores. Prometeu dar suporte e acionar assessoria jurídica em favor dos moradores: “a construtora vai ter que arcar com o prejuízo”. Não havia representantes da Brookfield no local.
