Muitos pais desistiram de esperar por atendimento
Uma confusão envolvendo policiais militares, guardas municipais e pacientes tumultuou os atendimentos, ou falta deles, no antigo Cempe (Centro Municipal Pediátrico) na tarde desta segunda-feira (23). Segundo testemunhas, tudo começou quando os pediatras do local se recusaram a atender as crianças que aguardavam por atendimento.
A artesã de 41 anos relatou a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que chegou no hospital alguns minutos antes da confusão começar, procurando atendimento para o filho de 2 anos, que estava com 40 ºC de febre. Segundo ela, a criança passou pela triagem, onde foi classificada como de alto risco, mas o atendimento parou por aí. “Os funcionários disseram que os médicos estavam se recusando a atender os pacientes, e nós só queríamos saber o porquê”, explicou.
Ainda segunda ela, alguns pais que estavam no local a mais tempo, começaram a cobrar repostas mais concretas, e chegaram a invadir a área restrita. Foi então que o guarda municipal responsável por garantir a segurança do local, tentou evitar que mais gente passasse pelos portões, e se exaltou. “Ele mandou a gente ir cobrar satisfação dos vereadores que elegemos, em vez de ficar causando confusão com os médicos. E também nos ofendeu dizendo que quando um burro fala o outro abaixa a orelha” relatou.
A balconista de 33 anos, que estava aguardando atendimento para o filho de 2 anos e 8 meses, também relatou a confusão, explicando que “do nada” apareceram mais policias, entre guardas e PMs, que interviram no bate-boca. “No começo eles nos mandaram parar com as discussões, mas depois que explicamos o que estava acontecendo, que os médicos não queriam atender os pacientes, que tinha gente aqui desde ás 12 horas, e que só queríamos uma explicação, eles ficaram do nosso lado”.
Conforme os pais que permaneceram no local, depois que os policiais foram embora, os médicos retomaram as atividades e mais profissionais foram encaminhados para auxiliar no atendimento.
A equipe de reportagem tentou conversar com os funcionários do hospital, mas ninguém saiu para prestar esclarecimentos.