Moradores reclamam de falta de fiscalização em terrenos baldios

Não é raro encontrar em Campo Grande terrenos particulares tomados pelo mato e em alguns casos até mesmo lixo. Esses problemas, que parecem tomar proporções cada vez maiores, têm incomodado a população.

O funcionário público Delmário Guimarães de Araujo, de 55 anos, não mora no Jardim Alto São Francisco, mas ficou preocupado ao notar a situação de um terreno na Rua Joaquim Tomás Ribeiro.

Ele relata que o mato tomou conta da calçada e destaca que se preocupa com a passagem dos pedestres.”Tem muitas crianças que passam por esse local para ir para escola e como o mato tomou conta da calçada, elas têm de andar na rua e isso é muito perigosa. Presenciei uma cena que quase terminou em atropelamento”, ressalta.

O funcionário público considera que a situação é reflexo de falta de fiscalização por parte da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). “Ali por exemplo, é um problema que vem se arrastando há muitos anos e nem o proprietário nem Prefeitura toma providências. A cidade está abandonada. Tem muito terreno baldio prejudicando até as calçadas e sem fiscalização”, enfatiza.

Uma moradora, que não quis se identificar, disse que situação semelhante ocorre ao lado da Escola Municipal Professora Iracema Maria Vicente, na Rua Rotterdan, no Rita Vieira III. Ela diz que a área não é limpa há oito anos.

“Moro aqui há 8 anos e nunca foi limpo. Já conversei com o dono e ele fala que vai fazer a limpeza e nunca faz. É perigoso, já encontramos aranhas, lagartos e até cobra. Fico com medo porque tenho criança em casa”, destaca.

A assessoria de comunicação da Prefeitura explica que a responsabilidade da limpeza pertence aos proprietários e orienta a população que as denúncias devem ser feitas à Semadur por meio do telefone: 156.

Conforme a Prefeitura, o proprietário que não mantiver o terreno limpo pode ser punido. No primeiro flagrante ele é notificado e recebe um prazo para realizar a limpeza. No caso de descumprimento o dono da área recebe multa que varia entre R$ 1.835 e R$ 7.340.

A assessoria ressalta ainda que os terrenos devem ser cercados com muro ou estruturas metálicas de no mínimo 1,5 metro, além de portão. O terreno também deve ser dotado de calçada ou sarjeta.

Quanto às fiscalizações, a Prefeitura justifica que o procedimento cabe à divisão de Áreas Verdes e Postura Ambiental da Semadur e que a Divisão realiza ações preventivas com notificações e prazos aos proprietários e que a não limpeza dos terrenos coloca a saúde da população em risco.

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