Chefe do Controle de Vetores e da Vigilância em Saúde descarta foco de dengue no local

O excesso de mato no prédio da Polícia Federal, na Rua Fernando Luiz Fernandes, na Vila Sobrinho, no oeste de , tem preocupado os moradores da região que temem que o local sirva de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

Uma moradora, que preferiu não se identificar, afirma que a situação se torna mais preocupante porque não há ações de combate ao mosquito. “O prédio da Polícia Federal está cheio de mato e não tem nenhuma ação de combate à dengue aqui. Tenho medo de ficar doente”, declara.

Segundo a moradora, a região está infestada de mosquitos. “Sempre deixo as portas e janelas fechadas porque a casa fica cheia de mosquito. Fico preocupada com esses casos de dengue. Não vejo o passando pelo bairro”, afirma.

O chefe do setor de Controle de Vetores e da Vigilância em Saúde, Alcides Ferreira, afirma que o prédio da Polícia Federal recebe a cada 15 dias visitas de um agente específico de combate a endemia, que faz a borrifação no local. Ele destaca que de acordo com o último Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), realizado entre os dias 2 e 6 de março, não há casos de dengue na região.

Ferreira ressalta que o fumacê é aplicado apenas em locais onde há casos da doença ou índice elevado de focos do mosquito. “O fumacê não pode ser aplicado só porque a população acha que tem algum foco do mosquito. As pessoas têm ideia de que o fumacê resolve todos os problemas, enquanto na verdade só serve para matar o mosquito adulto e evitar que outras pessoas fiquem doentes. É preciso lembrar que é um inseticida aplicado no meio ambiente e tem critérios para isso”, justifica.

De acordo com o chefe do setor de Controle de Vetores e da Vigilância em Saúde, as ações estão concentradas no Santo Amaro, onde existem vários casos de dengue. Nas demais regiões são realizadas as visitas domiciliares que ocorrem o ano todo com os agentes de combate a endemias.

“Onde são detectadas as infestações fazemos o ciclo de borrifação, que consiste em cinco borrifações em intervalos de cinco dias”, explica. A aplicação do fumacê ocorre em horários específicos, das 4h30 às 8h30 e das 16 às 21 horas, nos locais onde há necessidade.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi ao prédio da Polícia Federal, no entanto, não pôde entrar no local. Em contato por telefone, para saber o posicionamento a respeito dos relatos dos moradores, foi informada de que o responsável pela assessoria de comunicação está de licença médica por dengue.