Governador diz que espera acordo; para professores, paralisação continua

O TJ (Tribunal de Justiça) agendou para a manhã de terça-feira (2) audiência de conciliação entre o governo do Estado e a (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). A medida é uma tentativa de resolver amigavelmente impasse entre o Executivo e os professores, em desde a quarta-feira passada (27) por reajuste salarial.

Conforme despacho desta segunda-feira (1º) do desembargador Sérgio Fernandes Martins, “a fase conciliatória é uma etapa de vital importância em conflitos da presente natureza, havendo real possibilidade de se inaugurar um processo de conciliação/mediação que atenda o relevante interesse público em questão”.

O encontro entre representantes do governo e dos professores será conduzido pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do TJ. “Recomenda-se, com a finalidade de se elevar a probabilidade de êxito da audiência, que as partes avaliem prévia e detidamente, nos seus respectivos âmbitos, os limites e as possibilidades de se obter uma transação capaz de ser homologada judicialmente”, orienta o desembargador.

No dia 27, o magistrado atendeu parcialmente pedido da PGE (Procuradoria Geral do Estado), mandando suspender a greve dos administrativos da Educação e manter 60% dos professores em sala de aula. A Fetems anunciou em seguida que recorreria da decisão, ao passo que o governo apresentou nova petição, ainda não julgada, tentando acabar de vez com a paralisação.

Em nota publicada em seu site nesta segunda, a Fetems informa, entre outras coisas, que a greve continua. Também chama a categoria para “um grande ato” a partir das 9h30 de terça, com concentração na frente da Assembleia Legislativa.

O governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse em agenda pública nesta segunda que espera acordo “sem vencedores e sem vencidos”. “Esperamos manter o diálogo, os pontos reivindicados são legítimos, já apresentamos proposta para reajustar até 2022”, comentou.

Na última fase de negociação que antecedeu a greve, o governo do Estado propôs conceder reajuste de 4,37% em outubro próximo, além de uma nova escala de reajustes anuais até que, em 2022, haja a chamada integralização do piso nacional ao estadual. A categoria rejeitou – ela pede 10,98% de aumento.