nas Moreninhas foi iniciado hoje

Se for necessário, a Polícia Civil efetuará prisões de proprietários que têm imóveis com focos de mosquito da dengue e que não autorizam a entrada, afirmou o delegado Wilton Vilas Boas. A medida faz parte do que os agentes públicos chamam de guerra para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chicungunya e da zika.

Neste sábado, a Prefeitura de lançou, no Parque Jacques da Luz, um mutirão de limpeza na região das Moreninhas. Por lá, agentes de saúde começam hoje a ser recolher de entulhos no bairro, que terá o apoio da Setlog (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas), com a disponibilização de 10 caminhões pipas para a retirada do lixo.

De acordo com o coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Alcides Ferreira, a região das Moreninhas é um dos locais mais preocupantes em relação à dengue, em virtude de uma série de notificações sobre casos da doença.

Ainda segundo ele, em Campo Grande são 1,6 mil notificações de suspeita de dengue, 87 chicungunya e 96 de zika. Desde que a parceria para o mutirão foi iniciada, o Exército já recolheu mais de 120 de toneladas de pneu.

Ao todo, foram cedidos 150 militares e 8 caminhões do Exército para o recolhimento, segundo o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). “É uma força tarefa, é uma situação de epidemia. Estamos convocando todos os segmentos da sociedade para ajudar no combate a dengue”. 

Imóveis fechados

Nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande conseguiu na Justiça alvará para entrar em imóveis fechados e desabitados, abandonados ou desocupados, para combater o mosquito Aedes aegypti. Para o secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ivandro Fonseca, o que está acontecendo em Campo Grande é reflexo da falta de responsabilidade dos donos de imóveis fechados. A Capital já enfrenta uma epidemia da primeira doença e há preocupação de que problema triplique com o aumento de casos das outras duas enfermidades.