Motorista, enfermeiro e médico se revezam para segurar tubo de oxigênio
A idosa Benedita Francisca Nogueira, de 75 anos, que sofreu um infarto em Coxim – a 254 quilômetros de Campo Grande – e teve que ser trazida para Capital, está agonizando na porta do Hospital Regional. Ela não conseguiu vaga desde que chegou à cidade, por volta das 3 horas da madrugada desta segunda-feira (26). Para mantê-la viva, os funcionários da ambulância se revezam, dentro de veículo, segurando o balão de oxigênio.
De acordo com a neta da paciente, Erivane Nogueira Santos, de 30 anos, a administração do hospital afirmou que não há vagas. “Falaram que está tudo lotado, mas em um caso grave como este, eles deveriam, pelo menos, acomodar minha avó em um leito improvisado e não deixá-la dentro da ambulância”, reclama.
Paulo Sérgio Rocha, mecânico e marido de Erivane, diz que a idosa só está viva porque o motorista da ambulância, o enfermeiro e um médico que vieram de Coxim estão segurando o tubo de oxigênio. “Ela ta desacordada. O médico já me disse que ela pode não resistir, caso não seja logo internada”, diz.
De acordo com a família, além do infarto, a idosa sofre de enfisema pulmonar. Tudo isso somado à idade avançada faz com que Benedita precise de cuidados especiais.
Por outro lado, de acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), se o problema de dona Benedita for falta de leitos, ela será alocada em uma unidade intermediária até ser transferida para um leito permanente.
Por fim, a assessoria de imprensa da SES destacou que vai averiguar o caso da idosa, a fim de que ela seja atendida.
