Greve dos professores deixa 44 escolas municipais paradas em Campo Grande

Professores entraram em greve na última segunda-feira

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Professores entraram em greve na última segunda-feira

Das 94 escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande, 44 estão totalmente paralisadas por conta da greve dos professores, deflagrada na segunda-feira (25). Segundo a Prefeitura, outras 13 escolas municipais estão em funcionamento parcial e 37 têm aula normalmente. Ao todo a rede municipal tem 1.101 alunos e 8 mil professores, sendo 2.334  contratados e 5.500 sindicalizados.

A greve

A greve dos professores da Reme teve início nesta segunda-feira e segue por tempo indeterminado. Os professores decidiram pela paralisação durante assembleia na sede do ACP(Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) no dia 19.

A reivindicação dos professores é de reajuste de 13,01%, para equiparação do piso local ao nacional, conforme prevêem as legislações da União e do Município. Com o aumento, o piso salarial subiria de R$ 1.697 para R$ 1.917 para 20 horas aula.

Desde que a greve foi deflagrada, a Prefeitura tem se reunido com a categoria para buscar uma solução, mas alega que a crise financeira dificulta o processo.

Contraproposta negada

Contraproposta foi feita na terça-feira (27), em que a Prefeitura propôs pagar em outubro 8,13% de reajuste salarial aos professores. Pela proposta, o valor só seria aplicado se os gastos do pessoal ficarem abaixo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O percentual de 8,3% é referente à inflação dos últimos 12 meses, segundo informa a Prefeitura. Ainda de acordo com a administração municipal, desde 2012 os professores da Reme ganharam 61,43% de incremento salarial, frente a índice inflacionário de 22,43%.

Nos cálculos do Executivo, o reajuste de 8,3% resultaria em impacto de R$ 5 milhões na folha do funcionalismo municipal. A Prefeitura destacou que a categoria é responsável por 49% do custo com servidores: custo atual de R$ 36,9 milhões somente com o magistério.

“O relatório de gestão fiscal referente ao primeiro quadrimestre de 2015 vai mostrar que os gastos com pessoal estão comprometendo 53,32% da receita. Estamos impedidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal de conceder qualquer reajuste, sob pena de sanções, como o bloqueio de repasses e enquadramento do prefeito por improbidade administrativa”, explicou o secretário-adjunto de Planejamento, Finanças e Controle, Ivan Jorge. Os professores votaram em assembleia e negaram a contraproposta.

Situação atual

O presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, declarou ao Midiamax que só haverá negociação novamente se a Prefeitura apresentar nova proposta, o que não aconteceu até o momento.

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