Projeto ainda está em andamento, diz direção
Os grafites feitos no muro da Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande, não foi bem aceito por todos. Após os muros ganharem desenhos sobre as pichações no sábado (15), a opinião favorável ao grafite não foi unânime e o caso se tornou polêmica no Facebook, após a postagem de um delegado de Polícia Civil.
Na postagem, a autoridade policial anexou várias fotos dos muros da escola e escreveu:
“Muro de Escola Pública Estadual recém reformada e pintada Arlindo de Andrade. Av. Júlio de Castilhos hoje ( sábado)…..faça sua avaliação.. Me disseram que foi com autorização do Diretor da Escola; “Dia da Arte”..”
Várias pessoas curtiram o comentário e questionaram a autorização que foi dada pela escola para os trabalhos de grafite. Outras pessoas ainda relacionaram as marcas que estão no muro da escola à pichações que estão em muros do bairro, cogitando a possibilidade dos pichadores terem participado da atividade escolar.
O diretor da escola, Miguel Gomes disse ao Jornal Midiamax nesta segunda-feira (17), que os desenhos foram feitos para cobrir as pichações, porém somente parte do muro da Avenida Júlio de Castilho foi coberto, por conta da quantidade de tintas, que não foi suficiente. Os muros laterais e dos fundos ainda não receberam a intervenção.
Gomes afirmou que todo o trabalho de grafite teve origem nas salas de aula, com a orientação dos professores de artes e de sociologia. As imagens escolhidas para serem pintadas também passaram pela aprovação dos docentes.
Sobre a reclamação, o diretor diz que pode estar havendo uma má interpretação, uma vez que os desenhos não cobriram toda a extensão do muto (por falta de materiais) e como o muro já estava pichado e que e algumas pichações ainda são visíveis por baixo da tinta.
“Não tapou todas as pichações. Agora, se teve pichação nova, foi após as atividades do projeto acabarem. Os desenhos foram avaliados e não podiam apelo que fugisse da aceitação social, como maconha. Tem que ser de cunho artístico”, explica. Gomes diz ainda que já comunicou a SED (Secretaria Estadual de Educação) sobre a reclamação no Facebook.
Ainda conforme o diretor, o objetivo do projeto é a conservação do patrimônio, uma vez que há uma certa ‘lei’ entre pichadores e grafiteiros. A escola espera que com o grafite no muro, os pichadores parem de poluir as paredes do colégio. O projeto segue em análise pelos professores e pela direção da escola. Caso algum desenho que já foi feito não receba o aval dos professores, ele deve ser coberto por outro.
Já entre os alunos e funcionários da escola, o grafite foi bem aceito e todos defendem a ideia. “Eu participei e gostei. Foi legal, teve música. Está mais Bonito do que estava”, diz a aluna Rebeca Queiroz, de 11 anos.