A Prefeitura de conseguiu alvará na Justiça

O secretário estadual de saúde, Nelson Tavares, anunciou durante audiência pública nesta segunda-feira (14) no auditório do edifício-sede das Promotorias de Justiça de Campo Grande que está sendo elaborado um projeto de lei para dar mais flexibilidade ao governo no combate ao mosquito Aedes aegypti. 

Segundo secretário, o projeto já vem sendo elaborado há 15 dias e tem como o objetivo estender para Mato Grosso do Sul as ações que vêm sendo realizadas na Capital. Nelson Tavares explica que a intenção é criar uma lei estadual que permita que equipes de combate ao mosquito entrem nos imóveis fechados, aumentar o preço da multa para quem não manter os terrenos limpos e fazer com que o indivíduo responda criminalmente.

Nelson contou ainda que o projeto possui 10 itens, mas não soube informar como serão os termos técnicos, se a proposta será encaminhado para a Assembleia Legislativa do Estado para passar por votação dos deputados ou se o governador Reinaldo Azambuja criará um decreto.

Durante a audiência, o secretário fez questão de ressaltar que o foco do governo do estado hoje não é nenhuma das doenças (dengue, zika ou chicungunya), mas o seu vetor em comum que é o mosquito Aedes Aegypti. “Não admitimos que o mosquito levante do chão. A sociedade terá que fazer algumas concessões para conseguir vencer essa guerra de combate ao mosquito. Guerra essa que estamos perdendo há dez anos”, ressalta o secretário.

 

Imóveis fechados

A Prefeitura de Campo Grande conseguiu na Justiça alvará para entrar em imóveis fechados e desabitados, abandonados ou desocupados, para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chicungunya e da zika. A autorização foi dada na segunda-feira (7) pelo juiz Aluísio Pereira dos Santos, diretor do Foro de Campo Grande, em resposta a um pedido de providências apresentado pelo Município.

Segundo o secretário de saúde de Campo Grande, Ivandro Fonsenca, será deflagrada nas próximas horas uma operação com a Polícia Civil, onde chaveiros serão levados até as residências onde os donos estão dificultando o combate ao mosquito. Segundo Ivandro, já houve identificação, pelo serviço de inteligência, e os donos podem ser processados.

A Capital já enfrenta uma epidemia da primeira doença e teme que problema se torne triplo, com o aumento de casos das outras duas enfermidades.