A ação percorreu as sete regiões urbanas da Capital

No primeiro dia da Força Tarefa entre o Exército Brasileiro e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e também da febre chikungunya e zika vírus foram recolhidos 1.125 mil pneus que totalizou pelo menos cinco toneladas. A ação começou hoje, por volta das 8 horas e percorreu as sete regiões urbanas de Campo Grande.

Segundo o coordenador da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau, Alcides Ferreira, há oito bairros que estão em alerta em razão da alta incidência da doença: Nova Campo Grande, Monte Castelo, Coronel Antonino, Vila Margarida, Jardim dos Estados, Tijuca, Aero Rancho e Jardim Batistão.

O chefe de serviço do Controle de Vetores e Endemias, Wagner Ricardo dos Santos explicou que sete caminhões do Exército compostos cada um deles com seis militares e um agente epidemiológico percorreram os bairros da capital em busca de pneus em terrenos baldios e borracharias. Os pneus podem ser reservatórios de água e, com isso, tornam-se focos de criadores da larva do mosquito.

Santos explica que no bairro Nova Lima, por exemplo, foram recolhidos 212 pneus, no Jardim Noroeste 151, Copavilla 133, Cruzeiro 190, Nova Campo Grande 299 e Rancho Alegre 150. Totalizando mais de 1.100 pneus, cerca de cinco toneladas. “A Força Tarefa para recolher os pneus é realizada só no período da manhã em razão da logística do Exército e os trabalhos serão retomados nesta quinta-feira”, explica.

Alcides Ferreria lembra, ainda, que os pneus serão levados para uma empresa especializada onde terão seu descarte adequado. “Essa ação de recolhimento de pneus ocorrerá até abril do ano que vem. O Exército ainda vai disponibilizar outros grupos para acompanhar as visitas domiciliares, em comércios e terrenos baldios. Nossa luta é contra o mosquito para retirar os pneus das vias que são criadores do Aedes aegypti. O apoio pessoal do Exército e das viaturas vai ajudar no combate. A ação com com a presença dos militares vai ajudar em lugares em que os agentes têm dificuldade em entrar”, argumenta.

De acordo com o comandante do 9º Grupamento Logístico do CMO (Comando Militar do Oeste),comandante coronel Carlos Alberto Medina, 150 militares, entre cabos e soldados, foram treinados pelas equipes da Secretaria Municipal de Saúde antes de começarem o combate nas ruas. Durante o treinamento receberam informações sobre as três doenças transmitidas pelo mosquito, as características e a forma de identificar o criadouro da larva do mosquito Aedes aegyti.

Além dos militares, cerca de 400 agentes de controle de zoonoses e endemias, 1,2 mil agentes comunitários de saúde e 200 trabalhadores braçais estão contribuindo no combate ao mosquito.