Possível proprietário de área pede reintegração de posse

Aproximadamente 500 famílias que ocupam área na região do Bairro Bosque da Saúde, Norte de , estão sem luz nas casas. A maioria das residências tinha acesso à energia elétrica por meio de gatos, mas a distribuição foi interrompida nesta quarta-feira (6), pela Energisa, concessionária responsável pelo serviço de energia elétrica em Mato Grosso do Sul.

Agora os moradores reclamam da situação e lembram que há cinco anos pedem a regularização dos terrenos junto a Prefeitura de Campo Grande para que as ligações de energia possam ser feitas corretamente. No entanto, até agora as famílias dizem que ninguém se pronunciou.

“Fica um jogo de empurra, a Prefeitura joga para a Energisa que joga para a Prefeitura, e acabamos assim sem luz”, fala Daniela Conceição, de 36 anos.

O eletricista, Jonas Soares, 36 , afirma que todos os moradores possuem declaração de posse, mas o que falta é a regularização da área, pois o abastecimento de água na região ocorre normalmente.

 “Queremos que a Prefeitura autorize a colocação de relógios de luz provisórios até a regularização da situação”, pontua.

Segundo os moradores da Rua General Benedito Xavier a luz só chegou até a esquina e, por causa do problema junto a Prefeitura, não foram instalados padrões de energia na rua. Eles explicam ainda que no mês de fevereiro deste ano um engenheiro da Prefeitura esteve no local para fazer a medição dos terrenos e posteriormente a regularização, mas até agora nenhuma resposta foi dada. Apesar do impasse, reunião entre o Executivo e a Energisa deve ocorrer nesta tarde.

Outro lado

Porém, a Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), alega que a área onde estão as famílias é particular e o proprietário já teria solicitado a reintegração de posse junto à Justiça. Sendo assim é impossível regularizar a situação da energia elétrica para os moradores.  

Já a empresa Energisa, por sua vez, esclarece que os moradores da região do Bosque da Saúde estavam utilizando a rede de energia de forma ilegal por meio de ligações clandestinas. O fornecimento foi interrompido para garantir a segurança no local. Como a área ocupada está sob litígio a concessionária não tem autorização para executar o serviço, dentro dos padrões legais e regulares necessários.

Além de gerar impacto nas tarifas de clientes regulares, as ligações clandestinas oferecem riscos à população, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia.