Pular para o conteúdo
Cotidiano

Escola é condenada por cobrar por curso que seria gratuito

Escola de cursos profissionalizantes teve que restituir alunos por propaganda enganosa
Arquivo -

Escola de cursos profissionalizantes teve que restituir alunos por

Uma escola de foi condenada por propaganda enganosa: cobrou por curso que prometia ser gratuito. A escola de cursos profissionalizantes Duran e Campos Ltda foi condenada a restituir o valor cobrado pelo curso aos alunos de 2005 em diante, além de danos morais e redução do valor da multa contratual de 40% para 10% sobre as prestações a vencer.

Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), autor da ação, a propaganda informava que o curso seria gratuito, contudo os alunos tiveram que pagar valores que chegaram a R$ 1.782,00 em alguns casos.

A empresa buscava clientes em escolas públicas da capital oferecendo um curso gratuito de qualificação de mão de obra e criação de oportunidades para jovens, sendo necessário o pagamento de R$ 25,00 a título de taxa de inscrição e em letras pequenas colocava os dizeres: “único investimento R$ 17,80 por módulo/mês a título de despesas de Materiais Didáticos e Manutenção de Laboratórios”.

Acontece que, após a matrícula, os alunos percebiam que eram ofertados cinco módulos de uma vez só, elevando a despesa mensal de R$ 17,80 para R$ 89,00 e totalizando R$ 1.068,00 no ano. Além disso, o aluno que desistisse do curso pagaria até 40% das prestações a vencer.

Citada, a empresa alegou que a propaganda estava de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), negando a cobrança de material didático e dizendo, ainda, que não foi demonstrado de forma concreta o dano coletivo sofrido pelos consumidores.

Na decisão, o juiz reconheceu que a publicidade enganosa acarreta uma distorção no processo decisório do consumidor, levando-o a adquirir produtos e serviços que, se estivesse melhor informado, possivelmente não o faria.

“Desse modo, percebe-se que a propaganda veiculada pela empresa requerida induzia o consumidor a erro, pois, além de gerar a expectativa de uma mensalidade no valor de “apenas R$ 17,80” para custear as despesas de material didático e os laboratórios, não informou com clareza que todos os módulos seriam cobrados simultaneamente”.

Sobre o dano moral, o juiz condenou a empresa ao pagamento de R$ 500 para cada aluno por considerar que houve a má-fé na publicidade feita. Segundo o magistrado, “quem procura um produto ou serviço com a expectativa de preço inferior ao cobrado e só descobre a diferença ao efetuar o pagamento, sente-se diminuído, envergonhado, inconformado, isto para dizer o mínimo que uma pessoa normal vivencia nestas situações”.

Desta decisão ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Confirmada a decisão de primeiro grau, as pessoas lesadas pela empresa poderão executar os valores diretamente na 2ª Vara de Direitos Difusos.

(Com informações do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Após decidir clássico, Pedro volta a ser relacionado no Flamengo; Wesley aparece na lista

Acusada de matar o próprio filho, jovem é internada em MS

Com aditivo de R$ 1,65 milhão, contrato de asfalto sobe para R$ 9,14 milhões em Bataguassu

flexpark ação

Três anos após fim de concessão, Campo Grande vai indenizar em R$ 2,5 milhões o Flexpark

Notícias mais lidas agora

bodoquena

Após ‘enxurrada’ de questionamentos e prorrogação, MPMS contrata empresa por R$ 6 milhões

Agência Brasil

Veja 3 argumentos de Fux ao votar contra medidas ordenadas a Bolsonaro por Moraes

Bebê

Laudo aponta que bebê morreu asfixiada ao ser estuprada pelo pai em MS

Com pai detido em Campo Grande, Oruam se entrega à polícia após ter prisão decretada

Últimas Notícias

Brasil

Após Moraes liberar aumento parcial do IOF, governo libera R$ 20,6 bilhões do orçamento

Em maio, o governo tinha congelado R$ 31,3 bilhões do Orçamento

MidiaMAIS

Black Sabbath marcou adolescência de fãs campo-grandenses: ‘Influência muito grande’

Vocalista da banda, Ozzy Osbourne, morreu, aos 76 anos, nesta terça-feira (22)

Política

Sucateamento e superlotação nos ônibus disparam denúncias na CPI do Consórcio Guaicurus

Análise de 452 queixas aponta insatisfação da população com o serviço de transporte público de Campo Grande

Transparência

Prefeitura oficializa proibição de murta na Capital com veto a trechos da lei

Quem descumprir medida por ser multado em R$ 1 mil