Ele afirma que foi convocado por lideranças para filmar ação

Dionedison Cândido, indígena da Aldeia Bananal em Aquidauana, responsável pela gravação do vídeo que mostra a apreensão dos equipamentos de um fotógrafo pela Federal, em 2013, durante reintegração de posse na Fazenda Buriti em Sidrolândia, foi ouvido na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do (Conselho Missionário Indigenista) nesta terça-feira (27). Durante seu depoimento, ele afirmou que foi ao local convocado por lideranças indígenas para filmar o ocorrido.

Durante a oitiva, o indígena também apresentou o vídeo na íntegra, com o objetivo de desmentir as edições apresentadas anteriormente pelos fazendeiros. “O vídeo anterior mostrado pelo fazendeiros tem cortes, e no vídeo original da para ver que o CIMI não incita esse tipo de ação. Ele apenas mostra a apreensão dos equipamentos pela PF”, alegou.

O deputado Paulo Correa questionou a ligação entre Dionedison e o CIMI, assim como o uso de armas durante a reintegração que terminou com a morte de índio. O rapaz negou os dois pontos, e defendeu que o CIMI não atua e nem incita nenhuma ação. “O CIMI vai conhecer a realidade, conversar com as lideranças, vai em assembleia, conversa com as pessoas e compartilha nosso sofrimento. O CIMI apenas participa das assembleias, e não das decisões tomadas nelas”.

O delegado da PF coordenou a reintegração de posse da Fazenda Buriti em 18 de maio de 2013, Alcídio de Souza Araújo também será ouvido nesta terça-feira (27), assim como os indígenas Inôcencio Pereira e Cácilda Pereira.