Duplicação da BR-163 pode causar prejuízos a empresários do Bairro Nova Lima

Movimento no comércio pode ficar comprometido

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Movimento no comércio pode ficar comprometido

Comerciantes do Bairro Nova Lima, região Norte de Campo Grande, se reuniram com representantes do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) para discutir sobre o fechamento de ao menos cinco acessos que ligam a Rua Jarauçu, considerada corredor comercial do bairro, à BR-163, na tarde desta quarta-feira (29). Os empresários alegam que o acesso à rua é complicado em virtude das condições do trecho da via, que não é pavimentado, e o fechamento dos acessos diretos vão “degolar” as vendas na região.

Elaine Cristina D’Ávila, proprietária do Nosso Hotel, está à frente das negociações com o Planurb e explicou que na rua tem indústrias, fábricas e empresas que trabalham diretamente com a carga e a descarga de veículos longos, destacando que o fechamento dos acessos diretos entre a Jarauçu e a  BR-163 e a transferência de fluxo para pontos mais distantes, não só vai congestionar a área, como vai dificultar significativamente o acesso ao comércio do local.

“Eles disseram que vão fechar cinco acessos que temos, mas que outros três serão instalados. Um a gente já sabe que será na rotatória que fica uns 400 metros do fim da rua, então você imagina os caminhões tendo que fazer esse percurso. Vai congestionar todo o trânsito, porque os caminhões demoram para fazer as curvas. Aí depois eles vão ter que entrar num trecho horrível, intransitável, para poder chegar até a rua. Vai ser um desgaste muito grande para todos”, relata Elaine.

Ainda segundo a empresária os comerciantes também exigem a drenagem e a pavimentação da Jarauçu, uma vez que a situação da via piora significativamente com a chuva. “A rua é uma descida, então quando chove a água vai levando tudo e causando várias erosões, mas agora a CCR fez umas valas no final da rua, porque a água ia toda para BR, e desviou o fluxo de volta para a rua. Quando chover nós vamos ser inundados”, acrescenta.

José Parrom, proprietário do Posto Arara Azul, onde deve ficar o segundo retorno, analisou a situação como um jogo de empurra entre a Prefeitura e a Concessionária. “A CCR MSVia precisa arrumar uma solução para os alagamentos, daí ela vai e faz umas valas que vão alagar a rua, mas vai resolver o problema dela. A gente reclama e eles dizem que drenagem é responsabilidade da Prefeitura, e a Prefeitura não resolve nada”, alega.

Após o encontro desta tarde, a assessoria do Planurb informou que deve ser feita uma nova reunião com a participação da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e da CCR MSVia, para que o problema seja discutido com todas as partes envolvidas. A previsão é de que um novo encontro ocorrerá na próxima sexta-feira (31).

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