Dourados está entre 311 municípios com casos de microcefalia no país

Brasil tem 1.248 casos

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Brasil tem 1.248 casos

O Ministério da Saúde anunciou hoje (30) que investiga seis casos de mortes de crianças com microcefalia, supostamente relacionadas ao vírus zika. No sábado, o ministério confirmou a relação entre o vírus e os casos de microcefalia. No país, são 1.248 casos suspeitos de microcefalia notificados em 311 cidades de 14 estados. Em Mato Grosso do Sul há um registro de caso em Dourados. 

Os casos começaram na região Nordeste depois que exames feitos em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.

O estado de Pernambuco registra o maior número de casos, 646, sendo o primeiro a identificar o aumento de diagnóstico de microcefalia na região. Em seguida, estão os estados da Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantis (12), Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).

Um bebê nasceu com microcefalia, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, após a mãe ter apresentado os sintomas da doença zika vírus antes do parto. O caso chegou ao conhecimento da vigilância epidemiológica da cidade na manhã de sexta-feira (20).

No Mato Grosso do Sul não eram registrados casos de microcefalia desde 2013, na época três casos. Em 2012 era um caso, em 2010 e 2011 não foram registrados qualquer caso no Estado.

A doença provocada pelo zika vírus é transmitida pelo mosquito Aedes Aegipty, e tem sintomas parecidos com a dengue, vem sendo investigada após vários casos de bebês nascerem com microcefalia no nordeste.

Combate ao mosquito

O LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti) indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, o que reforça a necessidade de uma mobilização imediata de todos.Dourados está entre 311 municípios com casos de microcefalia no país

Para o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, é importante a participação da sociedade no combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite além da dengue, o vírus Zika e a chikungunya. “Teremos que ter uma intensificação muito grande no combate ao mosquito e com um chamamento mais intenso da sociedade pois a ela compete as ações mais intensivas. Os prefeitos devem intensificar a limpeza urbana. Estamos em uma emergência de saúde pública”, disse. Ele também informou que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão garantiu que os recursos emergenciais serão priorizados, para combater o mosquito.

Segundo o diretor, não existe mágica para acabar com o mosquito vetor. “Infelizmente, conviveremos com esse problema por mais algum tempo”, disse. Para ele, a confirmação da relação entre o vírus e a microcefalia mostram que as medidas de prevenção devem ser reforçadas.

O diretor lembrou que as marcas de repelentes de inseto disponíveis no Brasil e aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem ser usados pelas gestantes.

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