Reunião marcada para dia 7 de julho pode colocar fim à

Professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) decidiram por manter a greve por tempo indeterminado, depois de assembleia realizada no fim da tarde dessa quarta-feira (1º). “A proposta do governo não atende minimamente as reivindicações da categoria”, explica José Carlos, presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

De acordo com José Carlos a proposta de parcelamento em quatro anos não cobre nem os índices inflacionários. O presidente da associação ainda destaca que caso não haja acordo sobre a reestruturação das carreiras, a categoria pode decidir por manter a greve, mesmo com o reajuste.

“Não é só o reajuste que reivindicamos, mas também a reestruturação e a data base, que sequer o governo discutiu com os professores”, explica. De acordo com José Carlos, em 2008 o governo federal começou o processo de expansão, com o programa Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que terminou em 2014, com aportes de R$ 9 bilhões.

Mas, neste ano já teve cortes de R$ 9,4 bilhões. “A expansão não foi adequada, já que muitas obras que estavam previstas ficaram inacabadas. O governo expandiu, mas não investiu adequadamente”, ressalta o presidente da associação que ainda explica que na pauta da greve a infraestrutura também é discutida.

“O governo federal fez uma proposta indecente de parcelamento para a educação, enquanto aprova um reajuste de 78% para o judiciário”, fala. Uma nova reunião no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) está marcada para ocorrer no dia 7 de julho.

Greve

A greve já dura 18 dias,e a categoria paralisada desde o dia 15 de junho reivindica reajuste salarial de 27%, mais discussão de uma data base para maio, reestruturação das carreiras. Outro ponto discutido pelos docentes é o anúncio feito pelo MEC (Ministério da Educação) de cortes na ordem de 50% para investimentos e 10% para custeio.

Uma contraproposta foi enviada ao Ministério da Educação pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) de reduzir os cortes em investimentos para até 25% e zero para custeio, mas de acordo com José Carlos , o MEC manteve a planilha de cortes na educação.