B.C. de 32 anos sofreu um acidente de trabalho
O CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) abriu uma sindicância em relação ao caso de um sócio de empresa de caçambas que sofreu ferimento no dedo indicador e teve parte do dedo médio amputado no último sábado (15). Ele foi levado e atendido na Santa Casa de Campo Grande.
B.C. de 32 anos sofreu um acidente de trabalho com uma caçamba no período da manhã e chegou ao Pronto Socorro da Santa Casa por volta das 8 horas. B.C. disse que foi levado para a sala de cirurgia por volta da 17h40.
Como já havia feito um curso de socorrista nos Estados Unidos, B.C. pegou parte dos dedos, fez a higiene, um curativo e foi ao hospital. Ele conta que esperava que os médicos fizessem o procedimento de tentar recolocar as partes dilaceradas novamente.
B.C. também conta que na sala de cirurgia, após algum tempo, chegou a perguntar aos médicos se iam fazer a cirurgia, já que segundo ele, parte da equipe estava conversando e alguns utilizando o aplicativo WhatsApp.
A maior contestação do paciente é o fato de terem transplantado a digital do dedo indicador no dedo médio, para que ele não perdesse a sensibilidade na ponta do dedo médio. “Costuraram a digital na ponta do dedo amputado, e o dedo ficou preto”, disse B.C. Segundo ele o procedimento causou muitas dores, não cicatrizou e por isso teve que tirar o implante.
De acordo com o CRM-MS, a sindicância pode gerar a censura pública até a cassação do exercício profissional, referendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).