Nascido em Itaporã, Kauan tem tumor chamado hemangioma cavernoso
O garoto Kauan Leite Monteiro, de 5 anos, que nasceu com tumor na testa denominado hemangioma será avaliado por médico especialista em São Paulo. Acompanhados pela Prefeitura, Kauan e sua família saíram de Itaporã (a 228 quilômetros da Capital) nesta terça-feira (2), segundo apurado pelo site local Itaporã Agora.
Familiares e amigos de Kauan fizeram campanhas e arrecadaram dinheiro para ajudar a custear as despesas em São Paulo.A criança será avaliada pelo neuro radiologista Dr. Francisco Ramos.
Dificuldades no tratamento
Conforme relatado por Neusa Leite, mãe do garoto, a família sempre sofreu para encontrar médico especialista para tratar o filho. Depois de nascer com o tumor, considerado uma doença rara, Kauan foi encaminhado para o Hospital Universitário de Dourados, onde diagnosticaram o hemangioma. Sem especialistas, foi encaminhado para a Capital e depois para Curitiba. Rumo à capital paulista, Neusa espera solucionar de vez o problema. “O nosso anseio é que desta vez o nosso filho consiga uma cura definitiva”.
Hemangioma cavernoso
Os hemangiomas cavernosos são más-formações da rede vascular sanguínea, venosa ou arteriovenosa. São visualizados como formações compostas por capilares ou veias dilatadas. Estão presentes ao nascimento e sofrem dilatação lenta e progressiva ao longo da vida. São compressíveis e cedem à digitopressão.
Tornam-se mais volumosos e aparentes ao choro ou esforço físico. A evolução do quadro pode ser exacerbada por circunstâncias, a saber, trauma local, prática intensa de esportes, infecção e mudanças hormonais (puberdade e gravidez). Podem ser superficiais ou profundos, localizados ou difusos. Eventualmente, as veias dilatadas ficam visíveis na pele ou na mucosa que recobre a afecção.
Os hemangiomas cavernosos localizados mais profundamente, como os intramusculares, podem ser tumores sem alteração da cor da pele. Na maioria dos pacientes há predomínio do componente venoso. Em alguns casos com componente arterial, a presença de fístulas arteriovenosas torna o hemangioma mais firme e pulsátil ao exame clínico.
O tratamento é recomendado sempre que possível, já que a evolução da lesão não tratada resultará na piora progressiva.
