Linda Nayara tem três sobrinhos com um tipo raro de anemia 

Com dois sobrinhos internados precisando de doações de sangue a advogada Linda Nayara Marinho resolveu fazer do WhatsApp uma ferramenta de conscientização. A advogada tem usado o aplicativo para fazer um apelo aos amigos e familiares sobre a importância da em qualquer época do ano.

Linda tem três sobrinhos com um tipo raro de anemia, a esferocitose hereditária que é um distúrbio da membrana dos glóbulos vermelhos que causa a anemia hemolítica crônica. Este distúrbio é causado por um gene defeituoso. O defeito produz anormalidade nos glóbulos vermelhos, deixando a superfície celular diminuída em proporção ao seu conteúdo.

A definição não é muito fácil de entender, mas segundo a advogada a doença nada mais é que uma má formação das células sanguíneas que faz com que qualquer dor de garganta desencadeie um quadro de saúde mais grave já que por causa da anemia a imunidade fica mais baixa.

Por acompanhar a muito tempo o que acontece com os sobrinhos Plinio Henrique Brissov de 13 anos, Gabriel Brissov de 9 anos e Ana Carolina Brissov de 7 que convivem desde que nasceram com a doença transmitida pela mãe Marta Luciana Brissov, a advogada resolveu não só pedir doações para as crianças, mas que as pessoas se conscientizem que tem pessoas precisando de sangue o ano todo.

“Meus sobrinhos estão sendo muito bem tratados no Hospital Regional. O de 9 anos recebeu quatro bolsas e já teve alta e os outros dois foram internados ontem e já receberam sangue também. Daqui a pouco eles também terão alta, mas tem muita criança no setor onde eles estão que vão continuar precisando de doações”, explica a advogada.

Marta Luciana conta que os filhos estão internados no Cetoi (Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil) do Hospital Regional e apesar de não ter previsão de alta, o quadro de saúde das crianças é estável. “Receberam sangue e vão ficar por mais uns dias aqui, mas estão bem”, conta.

Após a retirada do baço, órgão que entre outras funções é responsável produzir os glóbulos vermelhos e filtrar o sangue, Marta se viu livre das complicações da doença e o próximo a passar por isso será o pequeno Gabriel de 9 anos. “A cirurgia ainda não está marcada, mas nesta quarta-feira ele passará por consulta médica e teremos a data”, diz a tia das crianças.

Doadora há 12 anos, a advogada pede para que quem esteja em condições de doar, independente do tipo sanguíneo, que procure qualquer posto de coleta de sangue e faça sua parte para salvar vidas. Quem preferir direcionar as doações para as crianças é necessário informar no momento da coleta o nome deles.

 

Serviço

Para doar sangue, a pessoa precisa se dirigir ao local portando documento oficial com foto, ter entre 18 e 65 anos, pesar no mínimo 55 quilos, não ter ingerido álcool nas 12 horas anteriores à coleta. O Hospital Regional, Hospital Universitário recebem doações das 7h às 12 horas, e a Santa Casa das 7h às 17 horas e aos sábados das 7h às 12 horas.