Depois da morte da mãe as dificuldades só aumentaram

A fase dos planos, das festas na vida de quem está em seus plenos 19 anos, para Cristiane Ferraz, de 35 anos, foi marcado pelo diagnóstico de do tipo 1, que acomete de 5% a 10% dos pacientes com a doença, sendo mais comum o diagnóstico em crianças, adolescente e adultos jovens.

“No começo não seguia as regras direito, não tratava porque achava que ia morrer logo, então não me importava”, fala Cristiane Ferraz. As complicações severas começaram a aparecer, aos 24 anos, devido à falta de tratamento médico rigoroso. “Eu tinha a minha mãe, que também tinha diabetes, então cuidava dela, afinal éramos apenas nós duas”, explica.

A situação de mãe e filha começou a piorar, quando a mãe de Cristiane em 2012 acabou internada para cirurgia de três pontes de safena, e um ano depois em 2013 começou a fazer hemodiálise culminando com a mesma data em que Cristiane teve que amputar a perna por causa de complicações geradas pela diabetes.

“Foi muito difícil porque acabei ficando sozinha no hospital, e minha mãe também fazendo o tratamento dela. Na maioria das vezes só falava com ela por telefone”, fala Cristiane que revela a culpa por não ter tido como cuidar da mãe, enquanto estava internada. “Não pude ajudá-la porque fiquei doente”, diz . Logo em seguida em 2014, a mãe acabou por morrer.

Agora as dificuldades aumentaram, já que além de tratar da diabetes Cristiane precisa fazer hemodiálise, pois seus rins estão com apenas 10% de funcionamento. “Demorei a fazer hemodiálise porque achava que estava tudo sobre controle com a medicação, mas me enganei”, fala.

“Preciso tomar suplementos, vitaminas e com a aposentadoria por invalidez que recebo não consigo pagar todos os medicamentos”, explica Cristiane. De acordo com ela só de suplementos são necessários por mês de duas a três latas, o que sai R$ 190, mais as vitaminas, ao todo no mês é preciso dois vidros, ao custo de R$ 64 reais cada. “Este mês tive ajuda de um amigo, que comprou para mim os suplementos”, diz Cristiane.

Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo e-mail [email protected], ou através do telefone de Cristiane (67) 9268-4935.

Diabetes

A diabetes do tipo 1 acontece quando a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, já que as células sofrem de destruição autoimune. Com a incapacidade de produzir insulina, os anticorpos do organismo atacam as células que produzem este hormônio.

Por isso, a necessidade de doses diárias de insulina para os níveis de glicose no sangue ficarem em valores normais. O diabetes tipo 1 pode acontecer por herança genética ou a associação com fatores ambientais, como infecções virais.

Os principais sintomas são fome frequente, vontade de urinar diversas vezes ao dia, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudança de humor, náusea e vômitos.