Em 2015 devem ser entregues 2.030 residências
Pelo menos 50 mil pessoas estão na fila de espera por casas populares em Campo Grande. E a maioria deve continuar. Segundo o diretor-presidente da Emha (Empresa Municipal de Habitação), Enéas José de Carvalho Netto, a Prefeitura tem apenas 2.030 residências em fase de conclusão ou liberação até o final de 2015. Com o déficit, aumentam as invasões e ocupações irregulares que originam favelas.
Segundo Enéas, 684 unidades do Residencial Celina Jallad, no Portal Caiobá II, estão prontas mas não foram entregues porque aguardam a liberação do Habite-se. O documento libera as casas para serem habitadas e devem ser expedidos pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).
As demais residências serão no Residencial Canguru (apartamentos) e no Residencial Rui Pimentel, na Rua Marajuara, Jardim Centro-Oeste. Os dois juntos devem beneficiar mais de 1.300 famílias.
Outro ponto apontado pelo diretor-presidente foi a alteração do Plano Local, que modificou alguns zoneamentos urbanos de Campo Grande, o que irá permitir que, por meio do PIS (Programa de Integração Social), sejam doados 13 mil lotes para a Agência, para construção de novos conjuntos habitacionais. “Isso demanda tempo, é claro. Mas, assim que liberar, vamos implantar novos projetos que irão ajudar a nesse gargalo da habitação em Campo Grande”.
Ainda de acordo com Enéas, a maior dificuldade das grandes cidades é justamente em conseguir espaço para construção de unidades habitacionais. “Isso abre um leque muito bom para desenvolvermos nosso trabalho”.
No início da semana passada, a Emha entregou o primeiro lote de residências no Celina Jallad, que contemplou 688 famílias, num total de 3 mil pessoas. O conjunto habitacional tem capacidade para 1.498 famílias. As unidades habitacionais foram executadas com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do governo federal, no total de R$ 87.704.297,32, com contrapartida da Prefeitura Municipal de Campo Grande e governo do Estado.
Ainda segundo a diretor-presidente, a Emha não recebe recursos diretos da Prefeitura, contando principalmente com investimentos federais e recursos próprios para a construção das moradias, por isso, Enéas lembra que é importante que os beneficiados não deixem de arcar com as parcelas da casa, uma vez que quando isso acontece, a Agência precisa retirar recursos que poderiam ser investidos em novas moradias, para cumprir com o compromisso junto a Caixa Econômica Federal.