Militares interditaram área e pedem projeto

O interditou administrativamente o prédio da de , nessa sexta-feira (28). Os militares exigem que local tenha um projeto contra incêndio em pânico, além do certificado de fiscalização. Conforme informações do comandante do Corpo de Bombeiros Klaus Artur, após a autuação foi feito um comunicado ao Ministério Público, às Polícias Civis e Militares e também à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento) informando sobre a interdição.

“Falta um projeto contra um incêndio e pânico e também um certificado de fiscalização do Corpo de Bombeiros. Depois de feito este processo de segurança, tudo será analisado pelos militares e após a aprovação vamos in loco ver seu funcionamento”, detalha.

Apesar da notificação as lojas da antiga rodoviária continuam abertas, e segundo a síndica do prédio, Rosane Neli de Lima, foi dado um prazo de 15 dias para a administração fazer as adequações. De acordo com Rosane, extintores e mangueiras foram levados do local depois de um incêndio ocorrido em 2007 e restou apenas hidrantes.

Rosane assumiu a direção do prédio em outubro do ano passado e relatou que o prédio não é totalmente privado e a atual situação financeira impede que a administração resolva todas as pendências do prédio, que, segundo ela, foram deixadas de herança pelos últimos responsáveis.

“Tínhamos extintores e mais mangueiras, mas tudo foi levado daqui. Nós queremos nos adequar, mas contratar um engenheiro, por exemplo, custa caro e não nos foi dado até o momento uma condição financeira favorável. Há também uma omissão do poder público e de muitos condôminos ”, resumiu.

Apesar de faltar equipamentos necessários para combater incêndio, o comerciante José Paulino diz que o prédio oferece segurança e não teme acidentes dentro do local. “Estou aqui desde 1979, tenho outro ponto na Júlio de Castilho, mas não me mudo daqui”, contou.

Mesmo desativava, a antiga rodoviária abriga 215 salas, mas apenas 50 estão em ocupadas com lojas de roupas, salões de beleza, lanchonetes e outros. A área total do prédio é de 25 mil metros quadrados e, ainda conforme a síndica, o total da dívida do prédio chega perto dos R$ 400 mil, mas o montante a ser recebido de pagamentos de condomínios atrasados, por exemplo, alcança a cifra de R$ 2 milhões.