À espera de casa popular, mãe teme ser despejada de prédio invadido
Mulher busca ajuda, pois conta que não tem para onde ir
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Mulher busca ajuda, pois conta que não tem para onde ir
Mais uma vez o dilema se repete. A impressão que se tem é de que os que os projetos de casas populares não dão conta da demanda e deixam muitas famílias a mercê da sorte e dos alugueis. Andreia Terezinha dos Santos, de 33 anos, junto com cinco filhos, sendo dois bebês, teme ir para a rua e deixar as crianças ao léu. A história dela se encaixa em meio a de outras famílias que dependem das ações do governo e amargam tempo de espera.
Ela invadiu um dos apartamentos do residencial Leonel Brizola II,região do Jardim Tijuca, há seis meses, e agora precisa sair do local, pois a proprietária do imóvel foi sorteada recentemente. Andreia se justifica e conta que entrou na área pelo fato de não ter condições financeiras para bancar aluguel. Hoje ela e os filhos vivem basicamente com renda do Bolsa Família e de pensão alimentícia.
“Eu conversei com a dona, ela se sensibilizou e disse que vai tentar me ajudar, mas precisa do prédio. Eu não tenho para onde ir com meus filhos”, lamentou.
Andreia ainda explica que está desempregada e, por consequência na situação, desesperada. Ela ainda destaca que está na fila da Sehab (Secretaria Estadual de Habitação), há pouco mais de um ano, mas até agora não foi contemplada. Em busca de ajuda a mulher recorreu à Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), onde também deixou um cadastro, na esperança de ser chamada antes de ficar sem teto.
Em busca de um auxílio para Andreia, o Jornal Midiamax procurou a Agência e obteve a seguinte resposta: Na verdade, por invadir um imóvel do Programa Nacional de Habitação, ela corre o risco de não ser mais contemplada com casa construída com recursos públicos. A Prefeitura de Campo Grande compreende a situação dessa senhora e de tantas outras famílias, que sonham com a casa própria e, exatamente por isto, envida esforços para viabilizar recursos para construir imóveis para as famílias que ainda não têm casa própria.
Na torcida por Andreia e por todas as famílias que esperam a mão do governo, o desejo é que a realidade de muitos seja mudada com a reformulação dos programas habitacionais, onde os contemplados, de fato sejam os mais carentes.
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