Onda de violência atinge bairro e mãe fala do desespero de ver filho sob a mira de revólver

“Colocou a arma no meu filho e falou: cala a boca seu inútil”. Foi a frase ouvida pela artesã Grazianny Farias de Rezende, de 33 anos, ao ser abordada por um homem armado próximo da casa dela, no Bairro Universitário em Campo Grande. A frase que deixou a mãe perplexa foi dita ao filho dela, […]

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“Colocou a arma no meu filho e falou: cala a boca seu inútil”. Foi a frase ouvida pela artesã Grazianny Farias de Rezende, de 33 anos, ao ser abordada por um homem armado próximo da casa dela, no Bairro Universitário em Campo Grande. A frase que deixou a mãe perplexa foi dita ao filho dela, um menino de apenas 8 anos, em uma cadeira de rodas, em virtude da paralisia cerebral. “Não é uma coisa que se fala para criança. Meu filho não come, só sabe chorar com medo”, diz.

Com lágrimas, Grazianny relembra o assalto aconteceu por volta das 19 horas da terça-feira (20). Ela estava com o filho deficiente e foi abordada por um homem com uma arma de fogo. O ladrão fugiu levando a bolsa da artesã e uma caixa de som, em formato de ônibus, da criança. Depois do assalto, ela diz que ficou sem chão. Ela diz que após o episódio, o filho está muito traumatizado e por recomendação do psicólogo, não deve tocar no assunto do assalto próximo do menino.

Com grades protegendo as janelas e cadeados no portão, a artesã reclama da insegurança no bairro. Ela mora no local há oito anos e diz que o local está vivendo uma onda de violência, há  uns três meses e que a outra filha, uma adolescente de 14 anos, também já foi assaltada no bairro. A menina teve a bolsa com trabalhos escolares roubados.

“Tem muita gente reclamando no bairro. A gente sai de casa e nem leva mais o celular com medo. Teve um vizinho que também foi assaltado esses dias, levaram a motocicleta dele. Será que vai precisar alguém morrer para fazer alguma coisa?”, questiona. A artesã diz que os moradores da região, que compreende o Universitário, Santo Eugênio, Tropical e Rouxinois já procuram a polícia, porém, a violência no bairro continua e rondas da Polícia Militar não costumam ser vistas. “Quero andar livremente. Ter o direito de ir e voltar. Peço mais policiamento e segurança”, finaliza.

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