Coletivo adaptado foi criado a partir de uma visita de um projeto equivalente no Ceará

Os benefícios do consumo de alimentos orgânicos e a preservação da água e do meio-ambiente estarão presentes, de forma prática e experimental em um ônibus adaptado, nas aulas de cerca de mil estudantes da Reme (Rede Municipal de Ensino) este ano.

“Todas as quintas-feiras, técnicos de agricultura estarão em uma escola municipal para dar palestras e entregar uma cartilha sobre este tipo de alimentos, além de falar de higienização, conservação da água, entre outros temas. No outro dia, os produtos estarão sendo comercializados nos bairros por um preço justo para a população, por isso tivemos reconhecimento nacional pelo projeto”, conta a diretora do departamento de agronegócio da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e o Agronegócio), Karla Bethânia Ledesma de Nadai.

No trajeto em que o ônibus percorrer, a população saberá do que se trata, já que o ônibus terá uma espécie de “jingle” para chamar os clientes. “Vamos fazer uma música que vai funcionar de chamariz para as pessoas comprarem o produto. Teremos 33 alimentos orgânicos sendo comercializado a R$ 2 cada pacote”, afirma Nadai.

Segundo o Prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, que chegou cedo à feira de orgânicos, na praça do Rádio Clube esta manhã e gastou R$ 6 comprando mangas, almeirão e abacaxi, o benefício maior será para a agricultura familiar de pequena propriedade.

“São estas as pessoas que lutam para ter o produto pronto e depois tem uma enorme dificuldade para comercializar. Com isso, montamos a feira dos orgânicos na Praça do Rádio Clube, às quartas-feiras e também aos sábados, no pátio da Prefeitura. Agora, estaremos também nos bairros com o coletivo que tem box individualizado, vaporizado, com pia para lavar e entregar o produto pronto. Tivemos todos estes exemplos em uma visita a um projeto equivalente realizado no Ceará”, explica o prefeito.

Parceiro do projeto, o presidente da Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo e Urbano), João Rezende Filho, conta que doou um ônibus, avaliado em R$ 50 mil para o projeto. “A parte interna é custeada pela prefeitura, mas doamos o coletivo porque acreditamos neste projeto, que beneficiará muitas crianças”, avalia o presidente da Assetur.

Admirador da idéia, o governador André Pucinelli não descartou a possibilidade de estender o projeto para a rede estadual de ensino. “Vamos tentar montar uma parceria com o município e estender o projeto para as escolas estaduais”, finaliza.