Família de idosa com Alzheimer cobra atenção do PSF no bairro Taquarussu

A família da idosa Odete Barbosa Barcelos, de 87 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral no começo de janeiro e sofre de Alzheimer há 10 anos, está enfrentando problemas com o atendimento médico dela. “Não conseguimos que ela seja atendida pelo Programa de Saúde Familiar (PSF), voltado para pacientes impossibilitados de se locomoverem até […]

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A família da idosa Odete Barbosa Barcelos, de 87 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral no começo de janeiro e sofre de Alzheimer há 10 anos, está enfrentando problemas com o atendimento médico dela. “Não conseguimos que ela seja atendida pelo Programa de Saúde Familiar (PSF), voltado para pacientes impossibilitados de se locomoverem até uma Unidade Básica de Saúde. Por isso, atualmente ela não consegue atendimento neurológico e de fisioterapia”, diz a filha de Odete, Maria Rita Barcellos.

Segundo a família, a rede municipal de saúde teria explicado que, como a idosa mora no Bairro Taquarussu, deveria ser atendida pela Unidade Básica de Saúde do bairro Guanandi, a mais próxima. Mas, como a UBS não possui o PSF, o atendimento fica impossibilitado.

Segundo Maria Rita, a mãe estava na cidade de Ubatuba (SP) há dois anos, morando com outro filho, quando sofreu o acidente. “Em cinco minutos a ambulância do Samu estava lá, depois ela ficou aproximadamente 20 dias na UTI da Santa Casa de Ubatuba”, lembra.

Após a doença cerebral, a filha trouxe a mãe para Campo Grande para ficar mais próxima de filhos e parentes, na maioria residentes na capital. De acordo com a família, a dona Odete Barbosa foi para a cidade praiana em busca de uma melhor qualidade de vida por conta do Alzheimer.

No dia 17 de fevereiro uma ambulância de Ubatuba levou a idosa até Campinas (SP), num total de 200 km, até ao aeroporto para retornar a Campo Grande.

Outra dificuldade, segundo a família, é em relação às receitas médicas da cidade paulista que não podem ser trocadas em postos da Capital.

Ainda de acordo com Maria Rita, foi feito um ofício no último dia 8 de fevereiro — quando a mãe ainda estava internada — ao secretário municipal de saúde, Leandro Mazina, solicitando o atendimento do programa PSF ou internação, porém até a atual data, não foi respondido.

Neste último final de semana, a idosa teve ficar sedada por conta dos urros e gemidos, causados possivelmente pelo atrofiamento dos nervos, conta a filha. A família procurou o Ministério Público Estadual por conta da falta de atendimento.

A reportagem foi à casa de Odete, no início da tarde desta segunda (28) e se deparou com a idosa sendo levada pelo Samu num atendimento de urgência ao posto de Saúde Guanandi.

A Secretaria de Saúde confirmou que a Unidade Básica de Saúde Dona Neta não possui o Programa de Saúde Familiar e que um agente de saúde se dirigiu a casa e marcou uma consulta para a idosa.

A família conta que não levou Odete ao posto de saúde por conta do delicado estado de saúde da familiar, que poderia piorar com deslocamentos em carros de passeios. Segundo a secretaria de saúde, basta um familiar se dirigir ao posto para pegar os medicamentos com as receitas de Ubatuba.

A Secretaria também informou que verificará o atendimento feito nesta tarde.

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