As principais autoridades ligadas à prefeitura de Campo Grande discordam da opinião do arquiteto Ângelo Arruda, que culpa a falta de planejamento pelos estragos surgidos sempre que cai chuva na cidade. O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Júnior viu a crítica do especialista como um “exagero” e acha que os danos foram causados apenas pelas chuvas fortes.

“Dos 88 milímetros de água que caíram ontem 75 caíram nos primeiros 45 minutos [a queda d’água durou uma hora e meia]. As mudanças climáticas ocorreram com maior intensidade e isso tem sido a razão dos danos”, disse Rudel Filho.

O chefe da Agetran informou ainda que os técnicos da prefeitura fazem hoje um levantamento dos pontos críticos na cidade. A ideia, disse ele, é alertar a população sobre os eventuais riscos já na segunda-feira pela manhã.

Rudel Filho disse também que as obras tocadas pela prefeitura são, sim, bem planejadas, contrariando as suspeitas levantadas pelo arquiteto Arruda. “Os estragos ocorrem devido às severas mudanças climáticas. Ontem, por exemplo, a região mais afetada da cidade foi justamente aquela onde choveu mais”, disse.

Já Rodrigo Aquino, secretário de Governo da prefeitura, disse concordar com Rudel Filho e que em conversa com o prefeito Nelsinho Trad, nesta manhã, foi orientado a fazer um levantamento dos estragos que, para ele é provocado pela chuva, não por falta de planejamento urbano, como criticou o arquiteto.