O número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o Estado do Rio desde a última segunda-feira subiu para 113, segundo dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta quarta. A maioria foi vítima de deslizamentos de terra. Ainda há desaparecidos.

Do total, 54 mortes ocorreram em Niterói, 43 na cidade do Rio, 12 em São Gonçalo, uma em Nilópolis, uma na região de Paracambi, uma em Petrópolis e uma em Magé.

O município do Rio tem nesta quarta-feira 1.778 pessoas desabrigadas (que perderam suas casas) ou desalojadas (abrigadas em casas de amigos ou parentes).

O número de pessoas desaparecidas ainda é impreciso, segundo o Corpo de Bombeiros. Equipes mantêm buscas em áreas do Rio e de Niterói. Em todo o Estado, cerca de 130 pessoas ficaram feridas.

As chuvas registradas geraram em 24 horas um acúmulo de 278 milímetros na cidade do Rio, superando o recorde histórico de 1966, que era de 245 mm (cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado), informou ontem a prefeitura.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou ontem luto de três dias no Estado pelas vítimas dos temporais.

Transtornos

Os temporais causaram alagamentos, provocaram a suspensão de aulas, deixaram regiões sem energia e prejudicaram o comércio.

Nesta quarta, dez bairros da cidade do Rio registram falta de luz. Segundo informações da Light, os bairros que têm problemas de energia são Tijuca, Botafogo, São Conrado, Jardim Botânico, Gávea, Jacarepaguá, Barra, Campo Grande, Piedade e Senador Camará. Já em Santa Teresa equipes trabalham para recuperar postes e fiações elétricas comprometidas por deslizamentos de terra.

As aulas estão suspensas nas escolas municipais e nas unidades da rede estadual localizadas na região metropolitana, região dos Lagos, Petrópolis e também nos municípios de abrangência da coordenadoria Regional Serrana 4 (Magé e Guapimirim).