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Sérgio Cruz - O dia na história

1932 – Fazendeiro ataca a Matte Larangeira

João Ortt, juntando pequeno grupo de amigos decide enfrentar a poderosa companhia que monopolizava a exploração e comércio da erva mate
Opinião -
Luiz Alfredo Marques Magalhães, Retratos de uma época, (2ª edição), edição do autor, Campo Grande, 2013, página 169

Conseqüência de uma pendenga por posse de uma área de terra, o fazendeiro João Ortt, juntando pequeno grupo de amigos decide enfrentar a poderosa companhia que monopolizava a exploração e comércio da erva mate no Sul de Mato Grosso. Partiu de Maracaí, nome de sua propriedade, em litígio, em 5 de março de 1932. “Em vários pontos – acompanha-o o cronista Humberto Puiggari – já deveriam estar a postos outros grupos armados que se iriam incorporando ao que comandava pessoalmente. Caso fosse bem sucedido no arriscado empreendimento, tomaria Campanário, sede da empresa e imporia condições de modo a deixá-lo tranqüilo na ‘posse’ Maracahy.
 
Seguindo um plano anteriormente traçado fez atacar o rancho Paraná pelo seu lugar tenente Eduardo Cubas. Foi o primeiro fracasso. Sem desanimar dirigiu-se a determinado sítio onde deveria estar à sua espera um numeroso contingente armado. Lá não encontrou ninguém. Desanimado, finalmente, dissolveu o grupo que o acompanhava e passou-se para o território paraguaio, exilando-se voluntariamente”.
 
A reação foi imediata, fulminante e de grande truculência:

A Empresa, de parceria com as autoridades policiais e com o objetivo de não deixar aparecer o motivo real do levante, passou a telegrafar aos quatro ventos, que nos ervais havia surgido uma revolução…COMUNISTA! Pobre João Ortt… elevado à dignidade de chefe comunista, sem saber mesmo até hoje o que venha a ser comunismo.

No , recebia João Ortt notícias dos espancamentos e assassínios dos seus amigos comunistas, crimes esses cometidos por gente que se dizia da Empresa, aliada às autoridades locais. Somente em Sacarón, distrito onde está situada a ‘posse’ Maracahy, foram barbaramente assassinadas cinco pessoas: José M. Gadioso – degolado; Nicolás Martinez, degolado; o menor Pedro Rodrigues, fuzilado; um casal de índios, fuzilados e os corpos atirados na corrente do rio Maracahy.


Um mês depois, João Orth retornaria ao Brasil e voltaria a atacar a empresa,  dessa vez confrontando-se com forças do exército.



FONTE: Umberto Puigari, Nas de Mato Grosso, terra abandonada…, Casa Mayença, , 1933. Página 113.

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