Autorizado pelo decreto imperial 8.799, de 9 de dezembro de 1882, a explorar os ervais no Sul de Mato Grosso, Thomaz Larangeira estabelece o primeiro arranchamento de sua companhia, em 24 de julho de 1883, à margem direita do rio Verde, “e que oficialmente marca o início dos trabalhos da empresa, à qual já se haviam associado os irmãos Murtinho, matogrossenses de destaque no cenário político da corte”.
A exploração da erva mate na região, em verdade, começou bem antes da autorização formal. Terminados os trabalhos de demarcação das fronteiras Brasil-Paraguai em 1874, Thomaz Lanrangeira, que participou dos trabalhos como fornecedor da comissão de limites, começou a trabalhar na elaboração da erva mate, para o que foi ao Rio Grande do Sul, de lá trazendo os auxiliares de que necessitava para organização dos trabalhos.
“De início – informa Pedro Ângelo da Rosa – o sr. João Lima passou a gerenciar e organizar a empresa; Antonio Inácio da Trindade e Francisco Xavier Pedroso eram incumbidos da compra de gado, e Gabriel Machado encarregado da fazenda Santa Virgínia, que foi fundada para abastecer de gado os ‘ranchos’ ervateiros, onde começavam a chegar os piões trazidos de Conceição, Paraguai por João Lima.
O depósito central e a administração da empresa ficaram estabelecidos em Capivari, na boca da picada do Chiriguelo, no Paraguai e por onde era o produto conduzido em carretas para Conceição a fim de ser embarcado por via fluvial para a Argentina. Algumas remessas entravam também pelas picadas de Nhuverá e Ipehum”.
FONTE: Pedro Ângelo da Rosa, Resenha Histórica de Mato Grosso (Fronteira com o Paraguai), Livraria Ruy Barbosa, Campo Grande, 1962, página 25.
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