Acometido pela cólera que atacou a coluna brasileira durante a retirada da Laguna, morre em 27 de maio de 1867, ao alcançar a margem do rio Miranda, em terras de sua fazenda Jardim, o guia José Francisco Lopes. Taunay registra:
Na manhã de 27 ainda de nós se aproximou o inimigo, fazendo menção de nos disputar a passagem do ribeirão que dá o nome o retiro. Conteve-se, porém, ante a atitude do 17° de voluntários que formava a retaguarda, e assim continuou a nossa marcha, como a da véspera. Já sem voz, era o coronel Camisão carregado sobre um reparo de peça, Lopes sobre outro e o tenente-coronel Juvêncio, assim como vários outros oficiais e inferiores em redes. Durante a última parada três haviam morrido. A meia légua do retiro atingimos afinal a margem do Miranda, demasiados abatidos e acabrunhados, porém, para podermos experimentar a alegria com que contáramos. Via-se a margem oposta, a casa do guia, o teto hospitaleiro onde o viandante sempre encontrara boa acolhida e a abundância de tudo. No momento de ali chegar expirou o nobre velho, insensível à vista daquilo que tanto amara. Foi enterrado no meio do nosso acampamento, em terra que era sua. Os amigos lhe puseram sobre a sepultura tosca cruz de madeira.
FONTE: Taunay, A Retirada da Laguna, (16ª edição brasileira), Edições Melhoramentos, São Paulo, 1963, página 116.
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