As forças brasileiras, que, na guerra do Paraguai protagonizariam a célebre retirada da Laguna, procedentes de Coxim a caminho de Miranda, entram em 1º de maio de 1866, no Portão de Roma, lugar adiante do rio Verde, descrito por Taunay:
“Saindo do ribeirão Verde passamos com 63 minutos de marcha um bosque e daí a 30 minutos a mata ou capoeira do Major com abrupta descida que vai ter a um pântano, em que gastamos cinco minutos seguindo-se nova mata e outro almargeal cortado também de mato. O terreno começa a subir; torna-se pedregoso e entra-se no Portão de Roma, péssima e dificultosa passagem com grandes lajes e rochas que se acham na trilha que serve para a viação. A paisagem é muito pitoresca, por isso que o caminho segue por um grande rasgão de serra, ficando entaliscado entre rochedos sobrepostos e todos cobertos de plantas sexatiles. O nome foi-lhe dado pelo sertanejo Perdigão que sem dúvida ligava à noção da palavra Roma à grandeza e majestade de uma cidade colossal. As carretas dos paraguaios passaram por este desfiladeiro, entretanto será necessário um trabalho preliminar ou um desvio para conseguir-se fácil trânsito. Continuando a caminhar margeamos um lugar pantanoso logo abaixo do Serrote e com mais 44 minutos fomos pousar no Lageadinho, onde um pequeno lagrimal dá água em toda esta estação”.
FONTE: Taunay, Em Mato Grosso invadido, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, páginas 90 e 112.
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