Pular para o conteúdo
Sérgio Cruz - O dia na história

1860 – Escravos libertados em Paranaíba

José Garcia Leal concedeu liberdade a escravos por meio de documento público
Opinião -

Através de documento público de 30 de julho de 1860, o caudilho de Santana do , José Garcia Leal, concede liberdade vários de seus escravos:

Escritura de liberdade que passa capitão José Garcia Leal a seus escravos Francisco Benguela e sua mulher Maria Benguela, José Carapina, sua mulher Escolástica e seu filho Antonio Cezário Criolo e sua mulher Crioula e suas três filhinhas Eva, Teodora e , Valeriano Africano e sua mulher Joaquina Africana, Antonio Africano e sua mulher Matildes Crioula, José Pequeno Africano sua mulher Francisca Crioula, Rita Crioula, José Benguela, Joaquim Minas, Domingos Africano, Joaquim Novo Africano, Joaquim Crioulo, Matias Africano, Roque Africano, Manoel José Crioulo, Silvério Africano, Adão Africano, José Moçambique, João Grande, José Velho Africano, Julião Crioulo, como abaixo se declara.

Saibam quantos este público instrumento de escritura de liberdade virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e sessenta, trigésimo da Independência do Império do Brasil, aos trinta dias do mês de julho do dito ano nesta vila de Santana do Paranaíba, província de Mato Grosso, em as casas de residência do capitão José Garcia Leal pessoas de mim conhecidas de que trato faço menção e dou fé aonde eu tabelião compareci e aí pelo capitão José Garcia Leal me foi dito perante as testemunhas ao diante nomeadas e assinadas que ele é senhor possuidor dos escravos Francisco Benguela e sua mulher Maria Benguela, José Carapina e sua mulher Escolástica e seu filho Antônio Cesário crioulo e sua mulher Vitória e suas três filhas Eva, Teodora e Angélica, Valeriano africano sua mulher Joaquina africana, Antonio africano sua mulher Matilde crioula, José pequeno africano sua mulher Francisca crioula, Rita crioula, José Benguela, Joaquim Minas, Domingos Africano, Joaquim novo africano, Joaquim crioulo, Matias africano, Roque africano, Manoel José crioulo, Silvério africano, Adão africano, José Moçambique, João grande, José velho africano, Julião crioulo, que os passou livres e desembargados de qualquer penhora, hipoteca ou outro qualquer ônus, e que pela presente escritura confere liberdade aos ditos escravos com a cláusula de lhe servir dois anos a contar desta data, sem mais outra cláusula ou condição do que a de lhe prestarem os serviços durante o tempo referido, e o farão como se ainda fossem seus escravos, prestando-lhe completa obediência e sujeitos a serem corrigidos por ele outorgante quando careçam, como se ainda se conservassem na escravidão e findo o dito tempo poderão usar desta alforria, que lhe é conferida gratuitamente, como lhes aprouver. Como assim o disse dou minha fé, me pediu que lançasse a presente em minha nota, o que eu tabelião o fiz como pessoa pública e aceito a presente por parte dos libertos tanto quanto a aceitar devo e a tudo foram testemunhas presentes Flávio Garcia Leal e Manoel Garcia da Silveira Leal.
FONTE: Arquivo Público de “Como se de ventre livre fosse…”, Campo Grande, 1994, página 231.

NOVIDADE! JÁ ESTÁ À VENDA O NOVO LIVRO DO SERGIO CRUZ. A valentia dos maragatos na revolução federalista e a saga dos gaúchos na fundação de Mato Grosso do Sul, estão no livro AS DUAS GUERRAS DE BENTO XAVIER, O MARAGATO. Você não pode perder esta grande aventura de nossa História. CLIQUE AQUI e compre o seu exemplar.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Atentado a tiros na fronteira tinha brasileiro como alvo

‘Ele é quem sofria agressões’: mulher é indiciada por falsa denúncia de violência doméstica

loteria

Mega-Sena acumula e duas apostas de MS levam R$ 67 mil da quina

Brasil goleia Uruguai por 5 a 1 e garante vaga na final da Copa América e Olimpíadas 2028

Notícias mais lidas agora

Amante diz que jogou corpo de mulher em vala em Terenos após entrar em surto

VÍDEO: Comitiva brasileira entrega cartas mostrando o que os EUA perdem com tarifaço de Trump

Em abril, membros do MPMS comemoram escolha de Alexandre Magno (esq.) para indicação ao CNMP, que já tem de MS o procurador Paulo Passos (centro) (Acervo público da Assecom/MPMS)

CNMP valida desculpas para nota zero de transparência no MPMS, alerta especialista

Grêmio vence o Fortaleza com 2 gols e reage no Brasileirão

Últimas Notícias

Bastidores

[ BASTIDORES ] Jogou ‘no ar’

Movimentações em torno de candidaturas ao Senado ganha nova peça

Leandro Mazzini - Coluna Esplanada

Centrão continua a forçar Hugo Motta para que apadrinhe a continuidade de Carlos Vieira na Presidência da Caixa

Motta não se mexe, para qualquer lado

Polícia

Morador em situação de rua é assassinado com 7 facadas nas costas e nuca em Campo Grande

Testemunhas flagraram autor esfaqueando morador em situação de rua

Política

Pressão dos EUA sobre petróleo russo domina agenda com senadores brasileiros

Do MS, Nelsinho Trad e Tereza Cristina destacam engajamento bipartidário e avanço técnico nas negociações em Washington