Pular para o conteúdo
Brasil

Salas Lilás vão atender mulheres vítimas de violência no interior

As Salas Lilás poderão ser instaladas em delegacias
Agência Brasil -

O lançou nesta terça-feira (25) uma política nacional para padronizar, criar e expandir as chamadas Salas Lilás, de atendimento e promoção dos direitos das mulheres e meninas vítimas de violência.

Encabeçado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério das Mulheres, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bancada de parlamentares femininas no Congresso Nacional e governos estaduais e municipais, a medida pretende capilarizar e interiorizar o acesso à Justiça para essa população, em um país onde os números da violência de gênero seguem alarmantes.

“O mais importante da Sala Lilás é o fato de que ela pode chegar em municípios pequenos que não tenham tantos recursos, e onde as delegacias especializadas e a Casa da Mulher Brasileira não vão chegar”, explicou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (foto), durante evento de lançamento do projeto, em .

As Salas Lilás poderão ser instaladas em delegacias, unidades de perícia criminal e outras unidades do sistema de Justiça. A medida integra o programa Antes que Aconteça, que apoia, desenvolve e estrutura políticas de acesso à Justiça para mulheres.

“Enquanto não promovermos a igualdade total entre homens e mulheres, não tivermos o feminicídio zero e cessação absoluta da violência contra a mulher, nós não poderemos construir um país mais justo, fraterno e solidário”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante evento.

Na ocasião, ele assinou a portaria de criação do programa Sala Lilás, que agora poderá ter adesão de estados e municípios.

Expansão

A primeira unidade do projeto foi inaugurada na semana passada, em João Pessoa. Outras 52 salas serão construídas em municípios paraibanos nos próximos meses, a partir de um convênio assinado entre os governos federal e estadual, ao custo de R$ 18 milhões no total.

Outros estados já estão assinando convênio com o MJSP para a mesma finalidade.

“Vamos começar a adesão com os estados. Hoje, 10% do Fundo Nacional de Segurança Pública é direcionado para políticas de enfrentamento à violência contra a mulher. Então, os estados podem fazer essa solicitação a partir do desenho desse projeto das diretrizes nacionais para conseguir recursos fundo a fundo”, explicou Sheila de Carvalho, secretária nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“Não é necessariamente uma política cara, é uma política que necessita do compromisso dos estados federativos no atendimento, para serem implementados”, acrescentou.

A estrutura das Salas Lilás é mais simplificada do que aquela oferecida pelas delegacias especializadas e pelas Casas da Mulher Brasileira, que estão presentes, em sua maioria, nas grandes cidades e regiões metropolitanas.

Mesmo assim, o atendimento especializado deve incluir acolhimento psicológico, acesso à Justiça e acompanhamento de saúde.

Novos protocolos nacionais

Além da portaria que define o projeto das Salas Lilás, o Ministério da Justiça lançou novas edições de três cadernos de referência.

Um deles é o Protocolo Nacional de Investigação e Perícias nos Crimes de Feminicídio, que atualiza práticas consideradas eficazes e mais qualificadas para os profissionais de segurança pública no atendimento especializado às mulheres vítimas de violência.

Também foi atualizado o caderno temático que trata da padronização nacional das Patrulhas Maria da Penha, focado na capacitação de polícias militares e guardas civis municipais para o trabalho de prevenção e resposta qualificada em casos de e familiar.

Outro documento lançado nesta terça foi a versão atualizada da norma técnica de padronização das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), para incluir, segundo o MJSP, os avanços legislativos e diretrizes para qualificar o atendimento às mulheres vítimas de violência.

A atualização, segundo a pasta, “inclui a perspectiva de gênero e interseccionalidade, parâmetros para a capacitação profissional e diretrizes para um atendimento humanizado e não revitimizante, além do fortalecimento da integração com a rede de proteção. Também incentiva o uso de soluções digitais para ampliar o acesso das mulheres aos serviços especializados”.

Todas as ações, de acordo com o governo, atendem a normas internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Mulher bate em carro estacionado e senta na calçada para tomar ‘cervejinha’ em MS

Comunidade Indígena Limão Verde inicia na sexta-feira projeto de agrofloresta

Comissão de Segurança Pública do Senado solicita que Barroso explique fala sobre apoio dos EUA

Fiorino é apreendida carregada com 25 mil maços de cigarros no interior de MS

Notícias mais lidas agora

Ministério investiga caso de gripe aviária em Mato Grosso do Sul

ccr km perigoso

Motiva vence leilão, reduz duplicações e CCR segue com concessão bilionária da BR-163 em MS

Alvo de operação da PF por desvios na merenda durante gestão Reinaldo é citado em fraude milionária no RJ

senado cpi das bets

CPI das Bets convoca Carlinhos Maia e pede análise de finanças de Virgínia e Melquiades

Últimas Notícias

Polícia

Gerente de academia famosa de Campo Grande suspeita de assédio contra professor é demitida

Professor denunciou assédio moral, homofobia e retaliações por parte de superiores e pede indenização de R$ 400 mil

Cotidiano

Mais de 64% das declarações de imposto de renda previstas já foram entregues em MS

Receita Federal espera 671.985 declarações de contribuintes de Mato Grosso do Sul neste ano de 2025; já foram entregues 432.734 declarações

Política

‘Obras paradas desde 2017’, lembra ministro do Transporte sobre concessão da BR-163

Contrato para BR-163 em MS é de R$ 17 bilhões, destacou ministro

Polícia

Homem que estuprou enteada de 9 anos é preso no interior de MS

Homem foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão