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Brasil

Povo Guató emite nota de repúdio à criação de reserva e à ampliação de parque no Pantanal

Documento publicado nesta segunda-feira (4) também denuncia instituições e ONGs de violar direitos indígenas
Idaicy Solano -
Povo Guató
Povo Guató em Corumbá (Divulgação)

O Conselho de Lideranças do Povo Guató, que vive na região do Guadakan, no Pantanal, publicou uma nota de repúdio contra o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e organizações aliadas, incluindo a ONG (Organização Não governamental) ECOA (Ecologia e Ação), pela tentativa de criação da ‘RDS Barra do São Lourenço’ (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) e pela ampliação da área do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.

Ambas as propostas incidem sobre terras tradicionalmente ocupadas pelo povo Guató, principalmente na comunidade da Aldeia Barra do São Lourenço, localizada nos municípios de , no interior de , e Poconé, no interior de Mato Grosso. O documento foi publicado e divulgado à imprensa nesta segunda-feira (4).

Segundo os representantes da comunidade, as propostas foram feitas sem consulta prévia, como determina a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), de 1989, da qual o Brasil é signatário. Eles afirmam, ainda, que não há protocolo de consulta elaborado pela própria comunidade, um requisito necessário para a deliberação sobre projetos que impactem diretamente territórios e modos de vida do povo Guató.

Em nota, os Guató alertam que a proposta da RDS não garante que a comunidade tenha o usufruto exclusivo da área, abrindo espaço para a entrada de pessoas externas, inclusive daqueles que, supostamente, teriam ameaçado integrantes da etnia.

O texto denuncia também o abandono por parte do governo brasileiro, incluindo ausência de atendimento à saúde, ensino médio e até de urnas eletrônicas na comunidade. A situação foi levada ao MPF (Ministério Público Federal) em Corumbá e a em em março deste ano, incluindo a denúncia de uma ameaça de morte contra um ancião da aldeia.

A reportagem procurou o ICMBio e a ONG Ecoa, para questionar a respeito das propostas, além de pedir um posicionamento em relação à nota de repúdio, no entanto, não obteve retorno até a publicação do material. O espaço segue em aberto para manifestação.

Confira abaixo a nota de repúdio na íntegra:

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