A polícia decretou nessa quinta-feira (6) a prisão temporária do ex-namorado de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. A jovem, que estava desaparecida havia sete dias, foi encontrada morta com sinais de tortura, em uma mata na cidade de Cajamar, região metropolitana de São Paulo.
O homem passou a ser considerado foragido da Justiça após as contradições durante o depoimento dele. Quatorze pessoas já foram ouvidas. “Os depoimentos foram confrontados e temos esse rapaz que não estava correspondendo na cronologia dos fatos”, disse o delegado Aldo Galiano, durante entrevista à TV Globo.
No entanto, conforme a polícia, o homem ainda não é investigado como suspeito de matar Vitória. “Talvez ele não tenha executado, mas sabia que ela seria morta. Estamos levantando os dados para saber com quem ela falou, fazendo o cruzamento das ligações”. Há suspeitas de vingança e envolvimento de uma facção criminosa.
Reportagem do Uol lembra que quarta-feira (26 de fevereiro), Vitória saiu do trabalho, em um shopping, e seguiu de ônibus para a casa, mas não foi mais vista. A adolescente ligou para uma amiga e falou que estava com medo porque poderia estar sendo seguida. De acordo com informações da polícia, a adolescente tentou falar com ex antes de desaparecer, para ele buscá-la no ponto de ônibus perto da casa de Vitória, mas ele não atendeu o telefone, porque estaria em um ‘encontro’ e não viu as mensagens da adolescente.
A vítima costumava fazer o trajeto com o pai, mas o carro da família estava com problemas mecânicos. Segundo o delegado Aldo Galiano, outras pessoas podem ser presas, principalmente após testemunhas relataram que viu um carro com quatro homens seguindo Vitória depois que ela desceu do ônibus.
A vítima foi encontrada em estado de decomposição, com sinais de tortura, cabeça raspada e nua. Os principais ferimentos foram golpes de faca.