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Brasil

Operação da PF mira grupo suspeito de trazer 2 mil fuzis de Miami para o Rio

Um homem foi preso após atirar contra os agentes federais
Agência Estado -
Operação Cash Courier - Reprodução/ Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 20, uma operação contra uma quadrilha especializada no tráfico internacional de armas, no Rio de Janeiro. O grupo é suspeito de ter enviado cerca de dois mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio. Durante a ação, um dos investigados atirou contra os policiais e foi preso em flagrante.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão contra o grupo criminoso em endereços da Barra da Tijuca e Recreio dos , bairros de alto padrão no Rio. A Justiça determinou o e bloqueio de bens e ativos no valor total de R$ 50 milhões.

Os investigados, incluindo o homem preso, não tiveram as identidades divulgadas, o que impossibilitou o contato com suas defesas.

De acordo com a PF, a Operação Cash Courier (mensageiro do dinheiro, na tradução do inglês) é um desdobramento da Operação Senhor das Almas, deflagrada em 2017, na qual foram apreendidos 60 fuzis no Aeroporto do Galeão, no Rio.

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Após investigações, a PF identificou um grupo criminoso responsável pelo envio de cerca de 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro. O armamento era distribuído a uma facção criminosa com atuação em comunidades do Rio.

A investigação identificou o verdadeiro líder da organização criminosa, que se utilizava de pessoas físicas e jurídicas para aquisição de imóveis e bens voltados para a lavagem do dinheiro obtido por meio do tráfico internacional de armas.

O homem que atirou contra os policiais foi abordado em sua casa, em um condomínio do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. Havia um mandado de busca e apreensão para ser cumprido na residência. Além dos crimes pelos quais é investigado, ele responderá por tentativa de homicídio contra os próprios federais e posse ilegal de arma de fogo.

Todos os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de capital, evasão de divisas, ativa e corrupção passiva

A operação contou com apoio do Ministério Público Federal (MPF), do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) – órgão ligado à Polícia Civil do Estado do Rio -, e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Fuzis no Galeão

Como noticiou o Estadão, em junho de 2017, a Polícia Civil do Rio apreendeu 60 fuzis no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Cada arma valia R$ 70 mil – a carga total chegava a R$ 4,2 milhões. Novas, mas com numeração raspada para dificultar o rastreamento, as armas chegaram de Miami em dois voos. Estavam escondidas no interior falso de aquecedores para piscinas, dentro de um contêiner.

Cada aquecedor de piscina com fundo falso continha oito fuzis. Ao todo, havia três modelos dessas armas: 45 AK-47, 14 AR-10 e um G-3. Segundo a polícia, o fuzil AK-47 é o preferido pelos criminosos porque não exige manutenção e é mais resistente. O AR-10 é mais moderno e atualmente equipa agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Quatro homens foram presos preventivamente no Rio, acusados de envolvimento no caso.

Nos Estados Unidos, o brasileiro Frederik Barbieri, de 47 anos, foi detido em fevereiro na Flórida, em fevereiro de 2018, acusado de cuidar da rota Flórida – Rio de tráfico de armas. Naturalizado americano, ele foi condenado no mesmo ano a 12 anos e 8 meses de prisão, após declarar-se culpado pelo contrabando de 960 armas de fogo para o . Na época, ele foi apontado como “Senhor das Armas” – o maior de armas do Brasil

Com sua prisão, um novo líder, alvo da operação desta quinta-feira, teria assumido o controle dessa rota de tráfico.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Barbieri.

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