Dois homens foram presos pela Polícia Civil de São Paulo suspeitos de envolvimento no desaparecimento da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 25 anos. Desaparecida desde 12 de junho, a jovem ainda não teve o corpo localizado, mas o caso está sendo investigado como feminicídio.
Entre os detidos estão o namorado de Carmen, Marcos Yuri Amorim, e o policial militar ambiental da reserva, Roberto Carlos de Oliveira, apontado como parceiro amoroso de Marcos, conforme informações divulgadas pelo delegado responsável pelo caso, Miguel Rocha, em entrevista ao UOL.
Segundo as investigações, Carmen pressionava o companheiro para que ele assumisse publicamente o relacionamento. Marcos, no entanto, se recusava a tornar a relação pública e, motivado por essa pressão, teria assassinado a jovem no Dia dos Namorados, 12 de junho.
A polícia também apura se Carmen teria descoberto atividades ilícitas praticadas por Marcos. De acordo com o delegado, a vítima chegou a reunir informações em um “dossiê” contendo indícios de supostos crimes cometidos por ele, como furtos.
No dia do crime, Marcos teria contado com a ajuda de Roberto Carlos, com quem também mantinha um relacionamento. Conforme as apurações, o policial da reserva atuava como cúmplice de Marcos e o sustentava financeiramente.
Apesar das evidências, ambos os suspeitos negam envolvimento no desaparecimento de Carmen e alegaram inocência. As buscas pelo corpo da jovem continuam.
Denuncie
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra as mulheres. O atendimento é gratuito e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, via telefone ou WhatsApp: (61) 9610-0180.
O Ligue 180 presta os seguintes atendimentos: orientação sobre leis, direitos das mulheres e serviços da rede de atendimento; localidade dos serviços especializados da rede de atendimento; registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos competentes.
Vítimas de violência também podem recorrer à Casa da Mulher Brasileira, localizada na Rua Brasília, Jardim Imá, em Campo Grande (MS) – Telefone: (67) 2020-1300. Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Em casos de emergência, deve ser acionada a Polícia Militar, por meio do 190.
Onde pedir ajuda em caso de LGBTfobia
Pessoas LGBTQIAPN+ que sofrerem discriminação ou violência podem registrar um boletim de ocorrência em qualquer delegacia de polícia. Também é possível buscar apoio na Defensoria Pública, com advogados, ou em organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos Direitos Humanos.
Há ainda instituições especializadas para acolher esse público, como o CADH (Centro de Atendimento em Direitos Humanos), a Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIAPN+ e a 67ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.
A vítima pode reunir provas como áudios, prints de conversas, vídeos, fotos, publicações em redes sociais, testemunhos e qualquer outro material que ajude a mostrar a situação de discriminação ou violência.
Além do boletim de ocorrência, também é possível denunciar pelo Disque 100 (Direitos Humanos), pelo Ministério Público, Defensoria Pública ou pelos órgãos citados acima.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.