O Ministério da Agricultura está atualmente investigando dez casos suspeitos de influenza aviária em diversos estados brasileiros, conforme a atualização mais recente da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, divulgada neste domingo (8), às 19h. É importante destacar que nenhum desses casos em análise envolve granjas comerciais, restringindo-se a criações domésticas e aves silvestres.
Recentemente, um caso foi confirmado em uma galinha doméstica em Campinápolis, Mato Grosso. Como não se trata de uma criação comercial, essa ocorrência não impacta as exportações brasileiras de carne de frango, nem ameaça o status sanitário do Brasil como livre de gripe aviária. A expectativa é que esse status seja recuperado a partir de 18 de junho, marcando 28 dias após a detecção do caso em uma granja comercial em Montenegro (RS), desde que não surjam novos casos em granjas.
As investigações em andamento abrangem seis casos em aves domésticas: galinhas em Itaituba e Parauapebas (PA), Novo Cruzeiro (MG), Alegre (ES), Viamão (RS) e Caçador (SC). Além disso, há quatro casos em aves silvestres: um pombo em Santo Antônio do Monte (MG), um carcará em Florestal (MG), uma gralha-cancã em Utinga (BA) e um albatroz-de-sobrancelha em Angra dos Reis (RJ).
Essas investigações são parte da rotina do sistema de defesa agropecuária nacional, visto que a notificação é obrigatória. A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença que exige notificação imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do País.
Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e todos os envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente qualquer caso suspeito da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). Desde maio de 2023, quando foi registrada a primeira ocorrência em ave silvestre, o Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária, segundo o Ministério da Agricultura.
Até o momento, o Brasil confirmou 172 casos de influenza aviária desde o início do monitoramento: 167 em animais silvestres (sendo 163 aves e 4 leões-marinhos), 4 em criações de subsistência e apenas 1 em granja comercial, que foi o caso registrado em maio em Montenegro (RS).
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