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Brasil

Ex-deputada é retirada de avião por usar almofada ortopédica

Cadeirante, Célia Leão afirmou que nunca teve problemas por conta da almofada que usa há 40 anos
Fábio Oruê -
avião
Aeroporto de Guarulhos | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ex-deputada estadual de , Célia Leão, foi impedida de viajar num voo da companhia Gol na tarde da última quinta-feira (1º), devido a uma almofada ortopédica que precisa usar por ser cadeirante.

Conforme o Portal UOL, a ex-deputada contou que foi retirada do voo que vinha de Buenos Aires para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Funcionários teriam alegado que Célia não tinha autorização para usar a almofada.

Entretanto, a ex-deputada afirma que viaja com a almofada há mais de 40 anos e nunca teve problemas, inclusive no voo que pegou até a . Ela só conseguiu embarcar no início da noite de sexta-feira (2) após apresentar documentação médica.

Atualmente, Célia é secretária de Desenvolvimento Social de Valinhos. “Foi uma falta de respeito muito grande. Eu já estava sentada quando a aeromoça veio dizer que eu não podia usar a almofada. Sem a almofada, eu posso ter feridas terríveis”, disse.

A ex-deputada contou que ficou cerca de 40 minutos no avião em terra até que fosse tomada uma decisão. Ela reclamou da falta de sensibilidade do comandante, que não quis ouvi-la, apesar de ter pedido por quatro vezes para explicar a sua situação.

“Preciso de um atendimento diferenciado como qualquer pessoa com deficiência. Quis explicar para a aeromoça e queria que o comandante, como autoridade naquela aeronave, me ouvisse, mas ele não quis falar comigo”‘, contou.

O que diz a Gol?

Em nota, a empresa aérea citou a ausência prévia de um formulário, chamado MEDIF, de informações médicas, como motivo para que a cliente não pudesse embarcar. A companhia lamentou os transtornos causados e afirmou que “prestou toda a assistência necessária no momento do desembarque”.

A empresa disse que, após o envio do MEDIF, fez nova avaliação do caso, o que permitiu o embarque no dia seguinte. Célia reforçou que faltou sensibilidade por parte da empresa. “Eu ainda tive a possibilidade de conseguir a documentação médica, entrar em contato com um rapidamente. Mas quantas pessoas não têm e mesma possibilidade?”, questionou.

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