O estudante universitário Igor Melo de Carvalho, 31, baleado nas costas pelo policial militar da reserva Carlos Alberto de Jesus, 61, recebeu alta na manhã do último domingo (02), do Hospital Getúlio Vargas, na zona norte do Rio.
Segundo familiares, Igor já está em casa, após ter ficado cinco dias internado. Por causa do disparo, ele perdeu um rim. À tarde, Igor publicou uma mensagem de agradecimento no Instagram. “Ainda estou em processo de recuperação, mas queria agradecer por todas as mensagens de amor que recebi”.
Crime ocorreu no domingo (23/02), após a esposa do PM relatar celular roubado. De acordo com o boletim de ocorrência, o policial militar da reserva Carlos Alberto de Jesus havia deixado a mulher, a cabeleireira Josilene, na rua Irani, na Penha, por volta das 23h e saiu para comprar uma pizza. Quando voltou, ouviu da esposa que ela teve uma pistola apontada contra o rosto e que os assaltantes tinham levado seu celular.
Mulher afirmou que os assaltantes estavam em uma moto azul. Além disso, observou que o motorista estava com uma camiseta preta, e que o comparsa, que foi quem apontou a arma, estava com uma roupa amarela. Duas horas depois, Josilene apontou para o marido dois homens com características semelhantes no mesmo bairro.
PM emparelhou seu carro, um Golf prata, à motocicleta pilotada pelo mototaxista Thiago Gonçalves Marques, 24. Igor estava na garupa. Ele voltava para a casa após ter trabalhado numa casa de samba na região.
Josilene e Carlos afirmaram que o PM só atirou porque viu que Igor tentou sacar uma arma. Nem a suposta arma nem o celular roubado de Josilene foram localizados. Os depoimentos foram colhidos pela delegada Lorena Gonçalves Lima Rocha, da 22ª DP.
Nove fotos, de nove homens com características físicas semelhantes, foram colocadas em um papel para que Josilene reconhecesse quem roubou seu celular. Ela reconheceu Thiago como o piloto e Igor como quem puxou seu telefone.
Provas e investigação
Thiago e Igor têm provas de que não eram os assaltantes do celular de Josilene. Thiago trabalhava desde as 22h como motorista de aplicativo. Igor, como garçom em uma casa de samba na Penha até 1h. Imagens do circuito interno do estabelecimento mostram ele saindo do local duas horas depois do assalto.
Igor estava com uma camiseta amarela que era, justamente, o uniforme da empresa —onde trabalha aos finais de semana para complementar renda. Thiago tinha carteira registrada como auxiliar de açougueiro até o fim do ano passado. Desde então, passou a alugar uma moto para trabalhar em média 17 horas por dia como motorista de aplicativo.
A Polícia Militar afirmou que, na delegacia, um PM da reserva se apresentou como autor dos disparos. “Sua esposa teria reconhecido o condutor da moto como um dos responsáveis pelo roubo de seu aparelho celular. Um dos homens foi preso, enquanto o ferido permaneceu sob custódia no referido hospital”, afirmou a PM em nota.
PM da reserva prestou novo depoimento. Ao ser ouvido pela segunda vez na 22ª DP na última quarta, o policial militar da reserva alterou o primeiro depoimento, dizendo que viu de Thiago e Igor fazendo “movimentos suspeitos” e afirmou que se confundiu nos horários, com o roubo tento acontecido mais tarde do que 23h.
A PM afirma que “colabora integralmente com o trabalho de investigação da Polícia Civil” e que “o caso foi encaminhado à Corregedoria da Geral da Polícia Militar”.
(Informações do portal UOL)
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