O bioma Amazônia registrou, ao longo dos últimos 12 meses, aumento de 4% nos alertas de desmatamento, emitidos em um total de 4.495 quilômetros quadrados (km²), contra 4.321 km² no período anterior. Apesar do crescimento, o resultado é o segundo menor da série histórica.
A medição para o bioma Cerrado registrou queda de 20,8%, com alertas em um total de 5.555 km² contra 7.014 km² no período anterior.
Celebramos a queda do desmatamento no Cerrado, que é um esforço enorme. Vocês sabem que uma boa parte do desmatamento no Cerrado tem licença para desmatar, portanto, tem uma complexidade muito grande”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Ela ressaltou que “não estamos apenas nas ações de aumento de controle e precisamos cada vez mais aprofundar, porque à medida que a gente vai tirando os problemas dos desmatamentos irregulares, precisamos de alternativa para aquelas situações em que, do ponto de vista legal, a pessoa poderia desmatar.”
Pantanal também diminuiu desmatamento
No Pantanal, a redução no desmatamento foi de 72%, com 319 km² contra 1.148 km² no período anterior. O bioma também registrou queda de 9% nos focos de incêndios, com 16.125 km² contra 17.646 km² no período anterior.
Os dados da temporada 2024/2025, coletados de agosto de 2024 a julho de 2025, foram apresentados nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os números são do Deter, sistema de alertas rápidos diários para apoio à fiscalização. O sistema emite alertas de corte raso, quando há a completa retirada de vegetação de forma rápida, e também alertas de degradação progressiva, causados sobretudo por incêndios recorrentes.